Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta quarta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quarta

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (27), os investidores ficam de olho na decisão do Fomc (Federal Open Market Committee), que alguns analistas temem que traga um aumento das apostas de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos em 2016; antes disso, o mercado repercute anúncios feitos no Japão. Por aqui, destaque para a temporada de resultados. Confira o que é destaque nesta quarta-feira:

1. Bolsas mundiais
Enquanto os mercados mundiais ficam de olho na tão esperada reunião do Fomc (Federal Open Market Committee) – com baixa probabilidade de alta de juros, mas com os olhos voltados para o comunicado – o Japão rouba a cena mais uma vez. No país, 
declarações do primeiro-ministro Shinzo Abe de que um plano de estímulo econômico de mais de 28 trilhões de ienes (US$ 265 bilhões) deve ser compilado na próxima semana derrubam o iene e aguçam expectativas para reunião do BOJ na sexta-feira; o índice Nikkei fechou com ganhos de 1,7%. Já na China, o índice Xangai Composto caiu forte com notícias sobre possíveis restrições aos produtos de gestão de fortunas, que se somam aos receios de que esforços regulatórios para reduzir riscos no sistema financeiro limitarão fluxos para o mercado de ações.

Já as bolsas europeias  registram ganhos, com os mercados também repercutindo o PIB do Reino Unido, que surpreendeu positivamente, sugerindo que os britânicos ficaram indiferentes antes do plebiscito que definiu a saída do país da União Europeia (o chamado Brexit), há cerca de um mês. Dados do Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) mostram que a atividade subiu 0,6% entre abril e junho ante o trimestre imediatamente anterior e teve expansão de 2,2% na comparação anual. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta de 0,4% no segundo trimestre ante os três meses anteriores e ganho anual de 2%. 

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 Às 07h40, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) +0,41%

* CAC-40 (França) +1,48%

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*DAX (Alemanha) +0,77%

* Nikkei (Japão) 225 +1,72% (fechado)

*Xangai (China) -1,94% (fechado)

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*Hang Seng (Hong Kong) +0,40% (fechado)

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,22%

*Petróleo brent -1,03%, a US$ 44,41 o barril

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*Minério de ferro negociado em Qingdao 62% -> +0,94%, a US$ 58,63 a tonelada

2. FOMC
O Federal Open Market Committee divulga a sua decisão de juros na quarta-feira (27) às 15h (horário de Brasília). O mercado espera que a banda dos juros nos EUA seja mantida entre 0,25% e 0,50%. De acordo com o head da Valor gestora de recursos, William Castro Alves, uma grande mudança de sinalização no comunicado, tomando uma direção mais “hawkish” (agressiva, no sentido de combater a inflação com apertos monetários) pode ser o estopim para um retorno da volatilidade aos mercados após a “inércia” dos últimos pregões. Por essas e outras, esse Fomc é o evento mais importante da semana no cenário macroeconômico externo e deve ser acompanhado de perto pelos investidores. 

3. Agenda doméstica
Entre os indicadores, hoje às 16h saem os dados de saldo de empregos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A expectativa é de fechamento líquido de 62,9 mil postos de trabalho em junho. Já o ministro da Fazenda Henrique Meirelles se reúne com presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, às 9h. Depois, ele tem reunião com o presidente da Petrobras,  Pedro Parente, às 10h, e com ministro-chefe da Casa Civil, Elisseu Padilha, às 17h.

4. De olho no InfoMoney
Às 11h15 (horário de Brasília), o InfoMoney revelará a terceira empresa do “Painel de Small Caps”. Durante a semana, apresentaremos 5 ações de baixo valor de mercado que, na opinião dos especialistas que farão o painel, oferecem uma grande oportunidade de valorização. A primeira empresa foi a São Martinho (SMTO3) e a segunda foi a Senior Solution (SNSL3). Além disso, destaque para a entrevista exclusiva do portal com o chefe da área de vendas do JP Morgan, Giuliano de Marchi, que ressalta a importância de olhar para outros mercados, além do brasileiro. 

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5. Destaques corporativos
A Telefônica Brasil teve lucro líquido de R$ 699,5 milhões no segundo trimestre, queda de 23,2%, com uma receita de R$ 10,5 bilhões. O resultado foi atribuído a compra da GVT em 2015, quando a empresa fez um aumento de capital de R$ 16,1 bilhões. Sem isso, o lucro teria ficado estável. Ainda no noticiário, a EzTec divulgou sua prévia do segundo trimestre, reportando uma queda de 27% em seus lançamentos no segundo trimestre, atingindo R$ 91 milhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas líquidas caíram 78%, para R$ 29 milhões. Já o Santander Brasil, maior banco estrangeiro no país, anunciou lucro líquido de R$ 1,806 bilhão no trimestre – 8,8% superior em relação aos ganhos nos três meses anteriores  (para ver mais detalhes, clique aqui)

Agenda InfoMoneyTV para quarta-feira:

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.