OGX registra 3ª maior alta do Ibovespa, B2W sobe 10%; veja destaques

Papéis de Eike tiveram uma excelente sessão com a volta do apetite do risco na bolsa

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Impulsionado pelos resultados preliminares das eleições norte-americanas, o Ibovespa teve uma excelente sessão e subiu 2,15%, terminando a terça-feira (6) aos 59.458 pontos. Liderando as altas do índice esteve os papéis da B2W Varejo (BTOW3), que tiveram ganhos de 9,57% para R$ 10,65, enquanto os ativos da Cosan (CSAN3) recuaram 1,38% e terminaram aos R$ 39,25. 

De acordo com João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos, a corrida para a Casa Branca é a principal razão para isso: conforme as chances de Obama se elevam, os investidores buscam ações mais arriscadas. O democrata seria melhor para o Brasil, avaliam economistas.

Os papéis da Usiminas (USIM3; USIM5) também se destacaram entre as altas, assim como Marfrig (MRFG3) e as imobiliárias. Os ordinários da siderúrgica mineira subiram 6,22% e terminaram aos R$ 11,62, enquanto os preferenciais subiram 6,82% para R$ 10,97. Os ativos do frigorífico subiram 5,90% para R$ 11,12. Enquanto isso, a PDG Realty (PDGR3) viu sua ação subir 5,51% para R$ 3,64, ao passo que a ação da Rossi Residencial (RSID3) subiu 7,36%, para R$ 4,52. 

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Papéis de Eike também se destacam
Esse cenário também ajudou outra classe de ativo: os papéis das empresas de Eike Batista. Embora estejam passando por um momento complicado em bolsa, as ações das empresas componentes do grupo EBX são apontadas como algumas de maior potencial – lembrando que na época da OPA (Oferta Pública de Aquisição), posteriormente cancelada, o Bank of America Merrill Lynch chegou a avaliar o preço justo da LLX Logística (LLXL3) para praticamente o dobro do atual. 

Com isso, as ações da OGX Petróleo (OGXP3) subiram 6,16% e fecharam aos R$ 5,00. Os papéis da LLX subiram 5,15% e atingiram os R$ 2,45, enquanto os da CCX Carvão (CCXC3) tiveram alta de 5,43% para R$ 2,33, enquanto os da MMX Mineração (MMXM3) se valorizaram em 4,11% para R$ 4,31.

Mais fracas que as demais, a OSX Brasil (OSXB3) teve valorização de 0,54% e fechou aos R$ 11,10, enquanto as ações da MPX Energia (MPXE3) tiveram queda de 0,98% para R$ 11,15. Com isso, o total de valor de mercado das empresas de Eike subiu R$ 24,81 bilhões para R$ 25,95 bilhões – alta de 4,62%. 

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Eletrobras diminui perdas
Pressionada pela indenização menor que a esperada para as concessões com vencimento entre 2015 e 2017, as ações da Eletrobras (ELET3ELET6) continuaram a chamar atenção na ponta negativa da bolsa. Os papéis ordinários registraram a segunda maior queda do dia ao perder 1,27% de valor de mercado e fechar aos R$ 10,90, enquanto os preferenciais tiveram recuo de 0,52% para R$ 15,34.

Apontada como “a grande perdedora” pelos analistas do Citi, a companhia receberá R$ 14 bilhões do Governo pelos ativos que ainda não foram depreciados, enquanto a empresa esperava receber algo em torno de R$ 30 bilhões.

Somado à taxa média de geração mais baixa, de R$ 7,30/MWh, a empresa enfrenta um “enorme desafio para cobrir seus custos e obrigações”, escrevem em relatório Marcelo Britto, Alexandre Kogake e Kaique Vasconcellos.

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Ainda na última segunda-feira, fontes disseram à imprensa que o governo federal não irá revisar o valor das indenizações. No último pregão, as ações do setor representaram perdas de R$ 2,5 bilhões em valor de mercado, sendo que o papel preferencial da Eletrobras chegou a despencar 8,21%. Outros papéis também perderam. A Transmissão Paulista (TRPL4) recuou 1,24%, aos R$ 31,17, enquanto os da Eletropaulo (ELPL4) fecharam com queda de 0,67%, aos R$ 16,29. 

Marcopolo cai 
Após registrar recuo de 11,8% no lucro líquido no terceiro trimestre, os papéis da Marcopolo (POMO4) não aguentaram a pressão vendedora e recuaram 2,30%, terminando o dia aos R$ 12,34. O ativo chegou a cair 3,01% no intraday mas voltou a ganhar forças. 

“O resultado apresentado pela Marcopolo está em linha com o esperado, visto o ainda fraco cenário do mercado interno, assim como os vizinhos Argentina e Colômbia”, avalia Karina Freitas, analista da Concórdia Corretora. Para ela, o atual cenário ainda é de manutenção, já que esse cenário já está precificado nas ações da bolsa. 

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Os resultados vieram parecidos com a expectativa do Santander. O banco estimava lucro líquido pouco abaixo do divulgado, para R$ 67,0 milhões. Em relação à receita, a equipe aguardava valor de R$ 978,0 milhões. Já para o ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a instituição projetava montante um pouco acima do registrado, para R$ 108,0 milhões. 

Papéis da Sonae Sierra caem após resultado
Um dia após divulgar seus resultados do terceiro trimestre, as ações da Sonae Sierra (SSBR3) cairam 4,86%, aos R$ 31,49. Durante toda a manhã, os papéis da empresa variaram entre perdas e ganhos, mas sempre próximo da estabilidade, porém, durante a tarde, os ativos se fixaram no campo negativo.

O lucro líquido da companhia foi de R$ 29,3 milhões entre julho e setembro, resultado abaixo das projeções dos analistas e 49,9% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto isso, o Ebitda (geração operacional de caixa) da empresa foi de R$ 57,6 milhões, crescimento de 41,9% frente ao mesmo período do ano passado. Já a margem Ebitda (relação percentual entre receita líquida e Ebitda) passou de 74,2% para 89,6%.

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Nesta manhã, a XP Investimentos afirmou que o resultado ficou abaixo das expectativas e as ações deveriam reagir negativamente nesta terça-feira. Porém, destacou que a Margem Ebitda foi positiva no período. Com isso, a corretora espera que a empresa consiga entregar resultados melhores no próximo trimestre, com um upside significativo. A XP ainda informou que está revisando sua recomendação para a empresa, que atualmente está em atrativa.

Em entrevista ao portal InfoMoney, José Baeta Tomás, CEO (Chief Executive Officer) da companhia, indica que a empresa deve continuar mostrando avanço nos próximos períodos, mesmo considerando o efeito do enfraquecimento da economia brasileira. Além disso, ele apontou para novos projetos, incluindo expansão de alguns shoppings e conclusão de obras para outros.

Anhanguera inverte sinal e sobe após resultado
Já os ativos da Anhanguera (AEDU3) subiram 2,17% para R$ 35,25 – depois de chegar a cair 2,84% no intraday.  O lucro líquido da companhia foi de R$ 47,9 milhões no terceiro trimestre, mais do que o dobro dos R$ 17,6 milhões apurados um ano antes. A receita cresceu 36,5%, para R$ 422,2 milhões, na comparação anual.

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No terceiro trimestre deste ano, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) passou para R$ 91,6 milhões, alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2011, com recorde na captação de alunos (61 mil novos matriculados).

De acordo com relatório da XP Investimentos, o resultado, apresentado antes do pregão desta terça, veio conforme o esperado pelo mercado, com alguns destaques, como a alta de 23% no número de alunos da instituição. “Esse valor é considerado alto uma vez que a companhia já possui a maior base de alunos do Brasil”, explicam os analistas.

Resultado enfraquece São Carlos
Por sua vez, as ações da São Carlos (SCAR3) apresentaram queda de 1,11%, terminando aos R$ 44,70, após a publicação do balanço do terceiro trimestre. Na véspera, após o fechamento do mercado, a companhia informou que seu lucro líquido somou R$ 23,2 milhões de julho a setembro, com aumento de 22% na comparação com o mesmo período do ano passado.