Obama vai ressaltar necessidade de aumentar limite da dívida “sem drama”

Se o Congresso não aumentar o limite de empréstimos, analistas acreditam que o Tesouro ficaria sem opções para evitar um default em fevereiro

Reuters

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WASHINGTON – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai renovar sua pressão pelo aumento de impostos sobre norte-americanos ricos para evitar uma crise fiscal no final do ano e pedirá um aumento suave no limite de endividamento do país, em discurso para um grupo empresarial nesta quarta-feira (5), disse um funcionário da Casa Branca.

O presidente embarcou em uma agressiva campanha para pressionar parlamentares republicanos a se comprometerem com medidas para evitar o chamado abismo fiscal. Ele também vai argumentar a executivos de grandes empresas que seria prejudicial à economia dos EUA ter uma outra disputa política prolongada sobre o aumento do limite da dívida, disse a autoridade.

“O presidente vai destacar porque prejudicaria a nossa economia e as empresas do nosso país se não encontrarmos uma solução para evitar uma nova crise do teto da dívida, e vai pedir aos líderes empresarias por sua ajuda no apoio a uma abordagem que resolva o limite da dívida sem drama ou atrasos”, disse o funcionário, que falou sob condição de anonimato.

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Foi devido à relutância dos republicanos em concordar com tal aumento em 2011 sem cortes de gastos profundos em contrapartida que o país ficou à beira do default. O resultado foi uma redução histórica da classificação de crédito dos EUA e um revés para a recuperação de uma recessão, que terminou em 2009.

O teto legal de endividamento do Tesouro dos EUA é de 16,4 trilhões de dólares. O país deve atingir esse limite legal perto do final do ano, embora possa utilizar medidas de emergência para evitar um default e manter o governo funcionando no início de 2013.

Se o Congresso não aumentar o limite de empréstimos, analistas acreditam que o Tesouro ficaria sem opções para evitar um default em algum momento na segunda metade de fevereiro. Essa previsão pode mudar, dependendo de como o governo e o Congresso vão lidar com o abismo fiscal no final do ano.

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Obama deve fazer o discurso à Business Roundtable, uma associação que representa executivos de grandes empresas dos EUA, às 13h50, horário de Brasília.

O presidente e parlamentares republicanos estão em confronto sobre como evitar o chamado abismo fiscal, um aumento de impostos e corte nos gastos que pode lançar a economia de volta para a recessão.