SÃO PAULO – O preço do Bitcoin disparou na madrugada de segunda para terça-feira, chegando a superar a marca dos US$ 5 mil, algo que não acontecia desde novembro do ano passado. Mas o que explica esta disparada de mais de 15% em poucas horas?
É comum investidores procurarem explicações para movimentos como este, mas até o momento especialistas falam apenas em um movimento técnico. E para explicar melhor o que poderia ter feito o Bitcoin saltar, o especialista Safiri Félix recebe, no programa “Bloco Cripto”, o diretor comercial da Enfoque Informações Financeiras, Douglas Magalhães Júnior.
Segundo Magalhães, os gráficos do Bitcoin já indicavam uma reversão consistente e agora o momento da criptomoeda é “para cima”. Ele explica que houve a formação de uma figura gráfica que indicava o patamar dos US$ 4.200 como um importante marco, que ao ser rompido já mostrava essa tendência de uma alta mais expressiva.
O analista diz que esperava um rali, mas não tão grande como aconteceu, e que agora ele não vê uma nova resistência para o ativo tão próxima. “Tem gente falando em US$ 5 mil, mas eu particularmente não vejo”, afirma ele indicando os US$ 6 mil como a próxima marca a ser batida.
A dupla explica ainda que havia muitos investidores operando vendido no mercado de cripto e que com uma arrancada do Bitcoin, a tendência é que isso gere um “efeito dominó”, levando a acionar uma série de ordens de stop (que neste caso se torna uma ordem de compra), favorecendo para uma alta ainda mais forte da moeda.
Com a arrancada do Bitcoin, praticamente todas as outras criptomoedas também começaram um movimento de alta expressiva, com destaque para o Ethereum, Litecoin, EOS e Bitcoin Cash, que saltaram mais de 10% cada.
Nesta tarde, das 100 maiores criptomoedas em valor de mercado, apenas seis registravam perdas.
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Além do movimento atual, a dupla também analisou o desempenho do Bitcoin no primeiro trimestre, marcado por pouca volatilidade e volumes mais baixos, com um mercado ainda “parado” após os fortes movimentos entre 2017 e 2018.
Apesar disso, com uma alta nos últimos dias de março, a moeda digital fechou o trimestre com ganhos de cerca de 10%, na casa de US$ 4.100.