Número de Bitcoins nas exchanges atinge menor nível desde 2018

Um declínio contínuo de criptos nas corretoras significa menos moedas disponíveis para venda e possível rali prolongado de preços

CoinDesk

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A cada semana que passa, as métricas da blockchain do Bitcoin (BTC) divergem dos fatores macroeconômicos bearish (termo do mercado financeiro que faz referência a um sentimento pessimista), oferecendo esperança aos detentores de longo prazo.

O número de BTCs mantidos em exchanges caiu para 2.449.785 na semana passada, 20 mil a menos que na última contagem, atingindo o menor nível desde agosto de 2018, mostram dados fornecidos pela empresa de análise de blockchain Glassnode.

No ano, a quantidade de criptos nas corretoras diminuiu em 138.266, ou 5%, indicando que o “HODLing” – uma gíria que significa comprar e manter uma cripto – continua sendo a estratégia preferida no mercado.

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Os investidores normalmente assumem a custódia direta dos ativos quando pretendem segurá-los por um longo prazo. Um declínio contínuo no número de BTC nas exchanges significa menos moedas disponíveis para venda e possível rali prolongado de preços.

“Por baixo da superfície, há uma fase pesada de acumulação na cadeia”, disse o boletim de inteligência de mercado da Blockware Solutions publicado na sexta-feira (15). “As saídas das exchanges atingiram uma taxa que só foi vista três vezes antes na história do Bitcoin: após março de 2020, em dezembro de 2020 (muitos dos quais provavelmente eram GBTC, do fundo da gestora Grayscale) e em setembro de 2021”.

Outras métricas também pintam um quadro otimista. Por exemplo, a porcentagem de Bitcoin inativo por pelo menos um ano atingiu recentemente um recorde de 63,7%. Ao mesmo tempo, as baleias (grandes investidores) acumularam 1.000 BTC na semana passada, registrando o primeiro aumento semanal desde janeiro, segundo a Blockware Solutions.

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Mesmo assim, o BTC caiu para US$ 38.577 nesta manhã, o menor preço dos últimos 30 dias, levando o declínio acumulado no ano para mais de 15%. A pressão de venda provavelmente decorreu de questões fiscais e de macro traders liquidando participações, acompanhando um contínuo derretimento nos rendimentos dos títulos do governo e provavelmente um aperto do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Claramente, os fatores macro estão no controle da situação. “Por enquanto, continuaremos a ouvir todos os comentários dos funcionários do Fed enquanto procuram combater a inflação por meio de táticas de intimidação”, observou na semana passada Jeff Dorman, diretor de investimentos da Arca, uma empresa de investimentos em criptomoedas. “Mas daqui a um ano, é duvidoso que a alta correlação entre taxas, ações e ativos digitais seja qualquer coisa além de outra relação de rodapé que não se manteve.”

Bitcoin no suporte chave

O gráfico de três dias do Bitcoin mostra que a criptomoeda está flertando com a média móvel simples (SMA) de 200 períodos. Esse é um nível crítico a ser observado, já que os ursos falharam repetidamente em estabelecer uma posição sob a linha técnica desde o final de janeiro.

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Se eles tiverem sucesso desta vez, mais vendas poderão ser vistas. Um colapso poderia exibir um suporte em US$ 30 mil. Suporte é o termo usado para identificar um nível de preço em que uma tendência de baixa pode ser revertida por causa do aumento da demanda de compra.

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