Novo horário da B3, leilão da cessão onerosa e ata do Copom: o que você precisa acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na próxima semana

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A próxima semana promete ser movimentada para os investidores, principalmente com a repercussão de eventos domésticos.

Vale ressaltar que, a partir de segunda-feira, o horário de negociação da Bolsa brasileira — a B3 (B3SA3) — será modificado temporariamente. O fechamento do pregão regular do segmento Bovespa passará das 17h para 18h (de Brasília). Segundo a B3, a mudança reflete o horário de verão nos Estados Unidos, que se encerra no domingo (3). Assim, o mercado permanecerá com sua abertura às 10h, mas o fechamento passará a ser uma hora mais tarde do que o habitual.

Na agenda política, já na terça-feira (5), atenção para o conjunto de medidas pró-Previdência a ser enviado pelo governo ao Congresso. De acordo com o jornal Valor Econômico, o governo pretende enviar uma proposta de corte linear de 10% em todos os incentivos tributários em vigor. Além disso, o bolsa-família também pode mudar e, entre outras medidas, também estaria a reforma administrativa, de forma a conter a alta de gastos com o funcionalismo.

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Também na terça, pode ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado a PEC paralela da Previdência. O texto assegura a estados, Distrito Federal e municípios o acesso a recursos da União, mesmo que eles descumpram regras do regime próprio de previdência social.

Antes disso, na segunda-feira, para comemorar os 300 dias do governo, o presidente Jair Bolsonaro realizará uma solenidade no Palácio do Planalto com o lançamento de um pacote de medidas para estimular o emprego entre jovens (entre 18 anos e 29 anos) e pessoas acima de 55 anos.

Atenção ainda para o megaleilão da cessão onerosa. A rodada de licitações do excedente é prevista para 6 de novembro e, no dia 7, ocorre a 6ª rodada de partilha de produção do pré-sal. Ainda há algumas dúvidas sobre o volume total a ser arrecadado e a participação de estrangeiras, mas a expectativa de fluxo com o leilão ajudou o dólar a registrar queda nas duas últimas semanas.

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Na sexta, a União e a Petrobras assinaram o Termo Aditivo ao Contrato da Cessão Onerosa. Trata-se da revisão do contrato assinado em 2010, que dava à empresa o direito de produzir até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em áreas do pré-sal da Bacia de Santos. A Petrobras tem o direito de operar na área dos blocos por 40 anos, mas o governo negociou com a empresa para poder licitar o volume excedente, comprovados em estudos.

Agenda de indicadores

A agenda econômica também é agitada. O grande destaque no Brasil fica para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça, após o Banco Central ter reduzido a Selic na última quarta-feira para 5% ao ano, nova mínima histórica, mas mostrar cautela sobre os próximos passos do ciclo de corte de juros. O documento a ser revelado pelo BC às 8h deve trazer informações adicionais sobre os próximos passos do Comitê.

Contribuindo para trazer indicações sobre o rumo da política monetária no Brasil, estará o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, que será divulgado pelo IBGE na quinta-feira  às 9h (horário de Brasília). A estimativa, de acordo com mediana de economistas consultados pela Bloomberg, é que o dado tenha recuado para 2,54% no comparativo anual, ampliando distância do piso da meta deste ano, de 2,75%; já na comparação com setembro, a estimativa é de alta de 0,10%.  Antes disso, às 8h da mesma quinta-feira, serão revelados os números do IGP-DI de outubro pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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Entre outros indicadores, o IBGE revela na terça os índices de preços ao produtor de setembro às 9h e o Markit revela às 10h o índice PMI composto de outubro. Na quarta-feira, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulga os dados de produção e venda de veículos do mês passado.

A temporada de resultados também ganha força no Brasil, com a divulgação de mais 49 resultados. Entre os destaques para acompanhar, estão os balanços do Itaú Unibanco (ITUB4) na segunda-feira (4) e do Banco do Brasil (BBAS3) e da B3 (B3SA3), ambos na quinta-feira (7). Veja mais sobre o calendário de balanços clicando aqui. 

Na agenda internacional, serão divulgadas as leituras finais dos índices PMI dos EUA e da zona do euro e os dados de balança comercial e de inflação da China, todos referentes ao mês passado. Atenção ainda para as falas de diversos dirigentes regionais do Federal Reserve durante a semana, como Robert Kaplan (Dallas, às 14h40 de terça e às 15h05 de quinta), Neel Kashkari (Mineapólis, às 20h de terça), Charles Evans (Chicago, às 10h de quarta), John Williams (Nova York, às 11h30 de quarta) e Patrick Harker (Filadélfia, às 17h15 de quarta).

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.