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Colunista convidada: Ana Maria Castelo, pesquisadora da FGV/Ibre
A sondagem da FGV/IBRE realizada em agosto mostrou que o índice de confiança da construção(ICST) alcançou seu melhor resultado desde julho do ano passado. Pode não parecer muito, se for considerado que naquele período o indicador já havia caído 15 pontos na comparação com dezembro de 2014.
No entanto, há vários aspectos na pesquisa realizada com os empresários da construção que merecem destaque e que sinalizam melhora na percepção empresarial em relação ao cenário setorial.
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Desde março os empresários da construção começaram a sinalizar um pessimismo menor, mas a percepção em relação à situação corrente dos negócios se mantinha em queda.
Os indicadores de atividade mostram que até junho as demissões realizadas pelas empresas superaram largamente as contratações. A demanda por materiais de construção – cimento, aço, produtos cerâmicos, etc – também refletiu a atividade em contração.
A sondagem de agosto mostrou que não são mais apenas as expectativas que estão contribuindo para o aumento da confiança. Nos últimos três meses houve uma melhora nos negócios que começou a repercutir no Indicador de Situação Atual (ISA) das empresas. O ISA ainda não recuperou a queda observada desde fevereiro, mas já registra um movimento de alta mais consistente.
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Outros indicadores da sondagem, como o de intenção de contratar mão de obra, que já subiu mais de oito pontos percentuais desde dezembro, confirmam a mudança na percepção em relação ao ambiente dos negócios.
Vale destacar também a alta da confiança observada no segmento de Preparação do Terreno, considerada uma atividade antecedente dentro do setor da construção. Em julho e agosto, o ICST das empresas de Preparação do Terreno subiu 6,3 e 5,6 pontos, respectivamente.
