O impasse da Oi só será resolvido depois do equacionamento da dívida

O entrevistado do programa Na Real na TV desta semana é o economista e professor Arthur Barrionuevo, da Fundação Getulio Vargas, especialista no setor de telecomunicações

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A notícia de que a companhia de telefonia Oi (OIBR3; OIBR4) entrou com pedido de recuperação judicial deixa o entendimento no mercado de que, neste momento, além de proteger seu caixa de eventuais medidas judiciais adicionais, serão priorizadas as negociações que envolvem dívidas fundamentais para a companhia seguir funcionando. A leitura do entrevistado do Na Real dessa semana, professor Arthur Barrionuevo, é que é impossível para a companhia honrar com todos os compromissos tais quais eles foram assumidos no momento em que estabeleceu suas dívidas.

Arthur Barrionuevo é professor de Economia na Fundação Getulio Vargas, nas escolas de Administração e Direito. Atua também como consultor econômico sênior nas áreas de defesa da concorrência e regulação de telecomunicações. Também atuou como secretário de Desenvolvimento Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia, onde era responsável por políticas públicas de apoio à inovação empresarial. Na área de defesa da concorrência serviu como conselheiro do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Durante a conversa, também foi tratada a surpresa da vitória do “Brexit”, referendo popular que mostrou apoio da maioria do Reino Unido que foi às urnas à saída da União Europeia. “Isso impactará o crescimento mundial. É difícil imaginar algum efeito positivo de uma decisão dessas”, disse o especialista ao jornalista José Marcio Mendonça. Para Barrionuevo, o cenário inspira a chamada aversão a riscos. “A configuração do mercado financeiro internacional vai se alterar”.

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Assista à íntegra do programa:

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.