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SÃO PAULO – A principal notícia corporativa desta quarta-feira (5) foi a decisão da Latam de não renovar o contrato com a operadora de programas de fidelidade Multiplus (MPLU3) e fechar o capital da empresa. Porém, a discussão sobre este eventual cenário é algo antigo no mercado e um ano atrás o próprio CEO da companhia, Roberto Medeiros, cravava que não havia risco de não renovarem o contrato.
A declaração está na transcrição de uma teleconferência realizada pela Multiplus com analistas em 8 de novembro de 2017, em que Alexandre Spada, do Itaú BBA, questiona Medeiros sobre uma possível “discussão interna envolvendo os acionistas controladores sobre uma eventual antecipação do contrato operacional” com a companhia aérea.
Em sua resposta, o CEO da empresa diz que percebia que os analistas se mostravam preocupados com o assunto, mas que nem passava pela cabeça dos diretores ter a conversa sobe antecipação de contrato com a Latam.
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Diante disso, Spada questionou se existia uma alta possibilidade de uma não renovação do contrato ou uma renovação com termos que não fossem bons para a Multiplus. A resposta de Medeiros foi categórica: “Não, zero. O contrato será renovado, sem nenhum problema. Aliás, não sei por que alguns de vocês [analistas] têm esse medo. Não é um tema presente em nossas discussões”.
Estes trechos foram compartilhados pelo analista da Nord Research, Bruce Barbosa, em seu Twitter, confira abaixo:
Só para ficar bem claro o que aconteceu com MPLU3
Roberto Medeiros:
Não, zero. O contrato será renovado, sem nenhum problema. Aliás, não sei por que alguns de vocês têm esse medo. Não é um tema presente em nossas discussões. pic.twitter.com/cNzDDKWnj9— Bruce Barbosa (@BruceBarbosa88) September 5, 2018
Nesta quarta, a Latam informou que não renovou seu contrato com a Multiplus, que esta em vigor desde 2010. O acordo era exclusivo de 15 anos e não deve ser renovado após 31 de dezembro de 2024. A companhia detém indiretamente uma participação de cerca 73% na Multiplus, sendo que o restante é negociado no Novo Mercado B3 no Brasil desde seu IPO.
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Segundo a Latam, o preço de compra pretendido é de R$ 27,22 por ação, equivalente ao preço médio ponderado nos últimos 90 pregões e ajustado por dividendos, com prêmio de 11,6% sobre o preço de fechamento da última terça-feira, de R$ 24,40. Isso implica um valor total aproximado de R$ 1,2 bilhão (aproximadamente US$ 289 milhões) para a aquisição das ações negociadas no free float, de 27,3% da Multiplus.
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