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SÃO PAULO – Logo que o segmento de ações da BM&FBovespa fechou, o contrato de índice futuro, que fecha uma hora mais tarde, disparou: alta de cerca de 2,20% em uma única hora, atingindo os 50.150 pontos. Pela primeira vez no mês, o contrato mais líquido de índice futuro superava o índice no presente momento, que fechou aos 50.008 pontos – após alta de 0,17%.
Para um analista que não quis se identificar, alegando que sua teoria é polêmica demais, essa disparada tem nome e sobrenome: a queda das ações da OGX Petróleo (OGXP3) em 40% nesta sexta-feira (30). Para ele, o mercado começou a precificar uma possível saída da empresa do índice – em caso de recuperação judicial -, aumentando as perspectivas futuras para o índice.
Mesmo que se a empresa não decretar recuperação judicial, destaca ele, a forte queda de 40% e a saída do índice MSCI Brazil são capazes de “matar” o ativo, como ocorreu com a Mundial (MNDL3) depois do estouro da bolha do alicate. “A gente verá, na segunda-feira, se a empresa ainda manterá alguma liquidez em bolsa”, avisa o analista, ressaltando que sem liquidez, ela sairá do Ibovespa nos próximos rebalanceamentos e deixará de ser uma ação relevante para o mercado brasileiro.
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Com isso, a “morte” da OGX traria uma “tranquilidade sistêmica” para o índice – ficaria mais fácil tomar o índice inteiro alugado, e permitiria o destravamento dos contratos futuros. “Quem é o aluguel mais caro do índice para se tomar alugado hoje? A própria OGX”, avisa o analista. Para ele, só o desempenho futuro do índice Bovespa e dos contratos futuros contará o final da história.
Já para Raphael Figueiredo, analista técnico da Clear Corretora, há uma criação de um outro cenário para o Ibovespa após a queda de 40% de uma de suas ações mais significativas. “Esse foi o movimento do dia, mas tudo que for falado agora é só especulação por enquanto, é conversa para se ter em bar. Vamos esperar para ver o que vai acontecer”, destaca.
