Ministro das Finanças do Japão pede maior esforço do BoJ para combater deflação

Hirohisa Fujii enfatiza divergência entre governo e primeiro-ministro sobre o real impacto da queda nos preços na saída da crise

Thiago Gomes Amorim

Publicidade

SÃO PAULO – O ministro das finanças do Japão, Hirohisa Fujii, sugeriu em uma conferência nesta terça-feira (24) que o BoJ (Bank of Japan) deveria se esforçar mais para evitar o agravamento da deflação.

De acordo com Fujii, a queda nos preços poderá atrapalhar a recuperação da economia japonesa e, por isso, precisa ser solucionada. Estimativas apontam que o índice de preços ao consumidor deverá ter recuado 2,2% em outubro, no confronto com o mesmo período de 2008.

Caso esse resultado seja confirmado, será o oitavo mês consecutivo que os preços registram queda. E esse movimento é fruto do enfraquecimento da demanda interna, segundo Hirohisa. “Aumentar os gastos do governo não irá solucionar o problema nas condições atuais”, opinou o ministro das Finanças.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Opiniões conflitantes

O comentário de Fujii enfatiza a divergência de opiniões do BoJ e do primeiro-ministro, Yukio Hatoyama, a respeito dos impactos negativos que a deflação está ocasionando na segunda maior economia do mundo.

Na visão do BC, esta é a primeira vez em três anos que os preços no Japão estão em queda e tal movimento não está evitando a saída da crise. Para o primeiro-ministro japonês, entretanto, o quadro é bastante diferente e o BoJ deveria atuar de forma mais enérgica para combater a deflação.

Na última sexta-feira (20), o colegiado optou por renovar a taxa básica de juro no patamar de 0,1% ao ano, mantendo os rumos da política monetária japonesa. “O BoJ exerce papel importante para combater a deflação”, lembrou o ministro das Finanças, na conferência realizada em Tóquio.