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SÃO PAULO – Foi divulgada nesta sábado uma denúncia do MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro contra Eike Batista pedindo o bloqueio de R$ 1,5 bilhão por dois crimes contra o mercado de capitais. O MPF acusa o empresário de manipulação do mercado e uso indevido de informação privilegiada no caso da petroleira OGX, atualmente OGPar (OGXP3).
Se considerado culpado, o empresário pode ser condenado a até 13 anos de prisão. O pedido de bloqueio inclui ativos financeiros, além de imóveis e outros bens, como carros, barcos e aviões, inclusive os que foram doados por Eike para seus filhos Thor e Olin.
De acordo com os promotores, as doações foram feitas “após a data dos delitos cometidos” e constituem uma “manobra fraudulenta”. Eike doou para o filho Thor a casa onde moram, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, além de uma propriedade em Angra dos Reis para Thor e Olin. Segundo MPF, os imóveis são avaliados em R$ 10 milhões cada.
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Um dos crimes denunciado pelo MP é a manipulação do preço das ações da OGX na Bolsa. De acordo com a denúncia, de outubro de 2010, Eike simulou “maliciosamente” a injeção de até US$ 1 bilhão na petrolífera, “de forma a iludir o público investidor”.