Minério de ferro em Cingapura volta a superar os US$ 120 a tonelada em semana volátil; China e Rio Tinto no radar

Dando mais sustentação aos preços, os estoques de minério de ferro importado da China nos principais portos atingiram o nível mais baixo em três anos

Equipe InfoMoney

Mineração da Vale em Minas Gerais (Mario Tama/Getty Images)

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Os contratos futuros do minério de ferro subiram nesta sexta-feira, com o índice de referência de Cingapura voltando a ultrapassar o nível de US$ 120 por tonelada, impulsionados por políticas de apoio da China à economia e depois que a Rio Tinto interrompeu os trabalhos em uma mina de Pilbara após um incidente.

Dando mais sustentação aos preços, os estoques de minério de ferro importado da China nos principais portos atingiram o nível mais baixo em três anos nesta semana, com 115,92 milhões de toneladas, devido aos maiores volumes de descarga e menos chegadas, de acordo com a consultoria Mysteel.

No entanto, os preços do insumo para fabricação de aço caminhavam para uma queda semanal em meio a preocupações persistentes com o conturbado setor imobiliário da China, maior produtora mundial de aço.

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O minério de ferro de referência para outubro na Bolsa de Cingapura subiu 3,2%, a US$ 121,20 por tonelada. O contrato caiu mais de 1% esta semana, depois de atingir um pico de seis meses na semana passada.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,9%, a 871,50 iuanes (US$ 119,38) por tonelada.

Traders comemoraram reportagens da mídia estatal dizendo que a China continuaria a derrubar as barreiras de acesso ao mercado e a aumentar as medidas de apoio à economia privada, citando 22 medidas emitidas pela Administração Estatal de Regulamentação do Mercado.

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A Rio Tinto, a maior produtora de minério de ferro do mundo, disse que interrompeu os trabalhos em uma unidade de Pilbara, na Austrália, depois que um arbusto e uma rocha de um metro quadrado caíram da saliência de um abrigo de rochas em uma área adjacente à unidade.

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O Morgan Stanley aponta que, embora continue monitorando novas atualizações, já que o assunto é altamente delicado, está de uma certa forma aliviado pela avaliação inicial da empresa não indicar nenhum dano estrutural ou impacto material.

Ainda no radar, estão as preocupações com o setor imobiliário da China, atingido por uma crise e que amenizaram o rali do minério de ferro.

“O crescimento lento da China e as preocupações dos investidores com os setores imobiliário e financeiro parecem persistir”, disseram os analistas do Westpac em uma nota.

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(com Reuters)