Mesmo se reforma for aprovada, Previdência precisará de “novos ajustes” em 2019, diz Giambiagi

Segundo o economista, a equipe econômica até pode fazer concessões em alguns pontos, mas a reforma seria "ferida de morte" se as diretrizes principais da proposta forem retiradas

Mário Braga

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SÃO PAULO – Mesmo se a reforma da Previdência for aprovada como pretende o governo federal, novos ajustes serão necessários já em 2019 para evitar que os gastos com aposentadorias retirem recursos de outras áreas, segundo o especialista em contas públicas Fábio Giambiagi. “O próximo governo terá de suar a camisa. Há toda uma agenda vasta de reformas no país, e o próximo governo precisará dar continuidade a elas”, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo.

Segundo o economista, a equipe econômica até pode fazer concessões em alguns pontos, mas a reforma seria “ferida de morte” se as diretrizes principais da proposta forem retiradas, como a idade mínima de 65 anos e o estabelecimento de regras iguais para homens e mulheres, trabalhadores rurais e urbanos e os regimes geral e dos servidores públicos. “O ponto de chegada simplesmente não pode ser negociado. Não há espaço”, disse. 

Giambiagi argumenta ainda que o cenário de rigidez dos gastos públicos determinada pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Gastos aliada ao quadro de crescimento das despesas com o INSS deve diminuir o espaço para que o governo tenha condições de investir em áreas como segurança ou mesmo manter programas sociais.

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