Mesmo com acordo fiscal, economia dos EUA pode congelar em 2013, diz Pimco

Crescimento robusto está longe de estar garantido para os Estados Unidos nos próximos anos, avalia

Paula Barra

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SÃO PAULO – Mesmo se Washington chegar a um acordo sobre o abismo fiscal nos Estados Unidos, o crescimento econômico no próximo ano está longe de estar garantido, disse Mohamed El-Erian, CEO (Chief Executive Officer) da Pimco, a maior gestora de renda fixa do mundo, em entrevista à rede norte-americana CNBC.

Com o Congresso e Casa Branca lutando para encontrar um jeito para evitar que mais do que US$ 600 bilhões em cortes de gastos no orçamento e aumento de impostos entrem em vigor no início do ano que vem, El-Erian disse que os Estados Unidos ainda vão enfrentar um período prolongado de crescimento lento. 

“Se nós evitarmos o fiscal cliff, então ainda estaremos lutando para um crescimento de 1,5% a 2% nos próximos anos”, comentou.

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Ele, contudo, acredita que um acordo será alcançado até o Natal, embora aponte que os líderes devam evitar que detalhes apareçam muito cedo. 

“O acordo é importante, porque sem ele a economia entrará em recessão, e essa é a última coisa que precisamos”, disse. 

Os líderes norte-americanos, por sua vez, estão deslizando em suas diferenças para entrar num acordo. O “plano B” dos republicanos não passou do primeiro dia e a Casa Branca já rejeitou a proposta anunciada pelo presidente da Câmara dos Estados Unidos, John Boehner, nesta terça-feira (18).

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A proposta de Boehner encontrou uma represália imediata do líder democrata do Senado, Harry Reid, que disse que isso não pode passar pelo Congresso. O projeto de lei que Boehner está preparando visa aumentar o imposto para os cidadãos com renda acima de US$ 1 milhão.