Mercado troca ações por títulos com início de compras do Fed

Fundos de índice que investem em crédito registraram entradas de US$ 2,4 bilhões na semana passada, em comparação com saídas de ações

Bloomberg

Sede do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA

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(Bloomberg) — O mergulho do Federal Reserve na dívida corporativa na terça-feira alinha o banco central dos EUA com gestores de recursos do mundo todo, que focam em títulos de empresas, mas ficam longe das ações.

Fundos de índice que investem em crédito registraram entradas de US$ 2,4 bilhões na semana passada, em comparação com saídas de ações, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os fundos com foco em ações dos EUA registraram saques de US$ 9,3 bilhões no período encerrado em 6 de maio, o maior volume em seis semanas, de acordo com nota do Bank of America citando dados da EPFR Global. As entradas em títulos de alto rendimento no período de seis semanas atingiram recorde de US$ 32 bilhões.

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É o mantra “siga o Fed” em ação adotado por investidores recém-saídos da turbulência do primeiro trimestre que buscam segurança no topo da estrutura de capital.

“Decidimos reduzir nossa exposição global às ações em favor de títulos corporativos globais com grau de investimento”, disse Greg Perdon, diretor de investimentos da Arbuthnot Latham & Co. “Temos preferência por títulos que serão beneficiados pela intervenção de bancos centrais. Os títulos com grau de investimento podem não ter muita vantagem, mas têm um piso.”

A linha do Fed que começa na terça-feira foi projetada para comprar ETFs de crédito elegíveis – provavelmente incluindo uma oferta sem precedentes de títulos de alto rendimento – como parte do programa de estímulo de emergência para combater o impacto do coronavírus.

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Essas medidas foram um grande catalisador por trás da recuperação dos ativos de risco. O S&P 500 acumula alta de 31% em relação à mínima de março. O spread dos títulos dos EUA com grau de investimento se recuperou para 210 pontos-base em relação aos mais de 370 pontos-base.

Mesmo sem o apoio do Fed, a dívida corporativa mostra bom desempenho quando se trata de se recuperar de uma onda vendedora.

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