Manifestantes vão às ruas de Caracas contra governo e Maduro fala em “tentativa de golpe”

A coalizão opositora MUD (Mesa de Unidade Democrática) espera que um milhão de pessoas compareçam ao "Tomada de Caracas"

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Os opositores venezuelanos participaram de manifestações em Caracas nesta quinta-feira (1) para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral a realizar referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro ainda em 2016. Para Maduro, a “Tomada de Caracas”, como é chamada a marcha, disfarça um plano de golpe de Estado alimentado pelos EUA de forma semelhante à tentativa de 2002 de depor o seu antecessor Hugo Chávez.

A coalizão opositora MUD (Mesa de Unidade Democrática) espera que um milhão de pessoas compareçam ao ato. “Toda a Venezuela está se mobilizando pelo direito ao voto e para derrotar a estratégia do medo e da chantagem, com o objetivo de fazer a mobilização política mais importante da história recente”, disse o secretário executivo da MUD, Jesús “Chuo” Torrealba. A coalizão espera que compareçam manifestantes vindos desde a floresta Amazônica até os Andes do oeste.

Os partidários do governo de Maduro também se preparam para realizar as próprias passeatas em reação a “Tomada de Caracas”, prometendo lealdade ao legado de Chávez e classificando a oposição como uma elite abastada determinada a controlar o petróleo do país. 

Continua depois da publicidade

protesto Venezuela

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.