Magazine Luiza (MGLU3) tem alta de 142% do prejuízo líquido no 1º tri, para R$ 391 milhões

Varejista divulgou seus números do trimestre na noite desta segunda-feira (15)

Equipe InfoMoney

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O Magazine Luiza (MGLU3) registrou prejuízo líquido de R$ 391,2 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), perda 142,5% maior na base de comparação anual, informou a varejista na noite desta segunda-feira (15).

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 324,1 milhões, queda de 4,5% na mesma base de comparação. A margem Ebitda registrou baixa de 0,3 p.p. (ponto percentual), indo de 3,9% para R$ 3,6%.

Em termos ajustados, o lucro líquido foi de R$ 309,4 milhões, avanço de 213% entre o 1T22 e o 1T23, enquanto o Ebitda subiu 3,2%, a R$ 448 milhões, e a margem Ebitda caiu 0,1 p.p., para 4,9%. Nesse cálculo, a empresa exclui despesas não recorrentes relacionadas, principalmente, a fechamentos de quiosques nas lojas da varejista de moda Marisa, um centro de distribuição.

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Projeções compiladas pela Refinitiv apontavam prejuízo líquido de R$ 175,1 milhões, Ebitda de R$ 497,72 milhões e receita de R$ 9,2 bilhões para o período.

A receita líquida avançou 3,5% no mesmo período, para R$ 9,067 bilhões. A receita bruta foi de R$ 11,3 bilhões, com alta de 6,9% sobre o mesmo período de 2022.

A varejista registrou um crescimento de 10,1% no faturamento total, incluindo marketplace, para R$ 15,55 bilhões. As vendas do comércio eletrônico, também incluindo marketplace, cresceram 11,1% no trimestre encerrado em março, para R$ 11 bilhões. Houve um crescimento de 7,5% nas lojas físicas.  Já no digital, a alta foi puxada por crescimento de 19,4% no marketplace e vendas de 4,4 bilhões.

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Os resultados do Magazine Luiza chegam em um momento em que a taxa básica de juros brasileira está em 13,75% ao ano, influenciando o faturamento da companhia, junto com a “sazonalidade das despesas financeiras”, disse a companhia em nota.

A empresa afirmou que sua participação de mercado em comércio eletrônico atingiu no trimestre uma máxima histórica.

A companhia fechou 175 pontos físicos nos últimos 12 meses, sendo nove lojas, um centro de distribuição e, o restante, quiosques. No trimestre, foram 37 fechamentos de quiosques, mas nenhuma loja foi fechada. Os custos de fechamento do CD, por sua vez, se concentraram nesse primeiro trimestre do ano. Segundo a empresa, esse último fechamento já estava planejado, pois era muito próximo à unidade de Gravataí (RS).

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O percentual das despesas operacionais ajustadas em relação à receita líquida atingiu 22,3% no 1T23, com redução de 0,4 p.p. em relação ao 1T22.” Com o aumento do marketplace, faz-se importante analisar as despesas em relação as vendas totais (GMV). Nesse conceito, a diluição foi de 1,0 p.p., alcançada principalmente através da otimização das despesas de marketing e logística, bem como da diminuição das despesas administrativas”, afirmou.

A companhia encerrou o trimestre com uma posição de caixa total no valor de R$7,1 bilhões, considerando caixa e aplicações
financeiras de R$2,2 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$4,9 bilhões.

“Vale ressaltar que os vencimentos da dívida bruta estão majoritariamente no longo prazo, distribuídos entre 2024 e 2026. Adicionando-se os recursos do novo acordo com a Cardif, anunciado em maio/23, a posição total de caixa ajustado seria de R$ 8,1 bilhões”, afirmou.