Lucro das maiores empresas brasileiras cresceu, em média, 20% no 1º trimestre

Petrobras, Vale e três maiores bancos lucraram mais de R$ 1 bilhão no período; porém, período positivo não atendeu a todos

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SÃO PAULO – O fim da publicação de resultados corporativos relativos aos três primeiros meses do ano evidenciou que as principais empresas brasileiras lucraram mais no primeiro trimestre de 2006 do que no mesmo período do ano imediatamente anterior. Mesmo com o juro básico brasileiro ainda em patamares elevados, há sinais de recuperação do nível de atividade, permitindo uma maior rentabilidade às empresas.

Considerando uma amostra de 87 empresas e bancos com ações listadas na Bovespa, cujos resultados foram monitoradas pela InfoMoney, 47, ou cerca de 54%, apresentaram crescimento de seus lucros nesta comparação, enquanto 28, ou aproximadamente 32%, registraram recuo nesta linha. Agregando todas as 87 companhias, o lucro total apurado foi de R$ 24,03 bilhões, 19,7% acima dos R$ 20,08 bilhões do mesmo período de 2005.

Passando do prejuízo ao lucro ou vice-versa

Já as empresas que passaram do vermelho no primeiro trimestre de 2005 para um resultado final positivo nos três primeiros deste ano foram seis: Vivax, Ripasa, Submarino, Eletropaulo, Net e Cesp.

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Em sentido oposto, Vivo Participações, Rossi Residencial, Santista Têxtil, TOTVS e Petroflex registraram prejuízo líquido no período entre janeiro e março de 2006, após um resultado positivo no primeiro trimestre do ano anterior.

Destaques do período

Dentre as companhias analisadas, 15 mais do que dobraram seu lucro na mesma comparação. Em termos relativos, destaque especial para a varejista Lojas Renner, cujo incremento nesta conta foi de 440%, ao passar de R$ 2,50 milhões para R$ 13,50 milhões. Na seqüência, a fabricante de bebidas AmBev viu seu lucro crescer expressivos 355,5%, atingindo R$ 655,9 milhões.

Entre as maiores empresas de capital aberto do país, o lucro líquido da Petrobras avançou 32,9%, para R$ 6,675 bilhões, e o da Vale do Rio Doce subiu 35,2%, encerrando o período em R$ 2,184 bilhões. Do universo analisado, além de Petrobras e Vale, apenas os bancos apresentaram lucros acima de R$ 1 bilhão, liderados pelo Banco do Brasil, com R$ 2,343 bilhões.

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Na outra ponta, refletindo a apreciação cambial e os efeitos negativos provenientes da proliferação da gripe aviária na Europa e na Ásia, a Perdigão lucrou 85,5% a menos no primeiro trimestre deste ano; e a Petroquímica União, sob o impacto do elevado preço da nafta, principal matéria-prima do setor, e também da valorização do real, apurou uma queda de 79,6% nesta linha.