Lightning Labs levanta US$ 70 milhões para levar stablecoins para o Bitcoin

O protocolo “Taro”, da Lightning Labs, quer inserir moedas digitais estáveis na blockchain da maior criptomoeda do mundo

CoinDesk

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O Bitcoin (BTC) está recebendo uma melhoria graças a um novo protocolo chamado Taproot Asset Representation Overlay, ou “Taro”, que já está habilitado para a Taproot (atualização da criptomoeda). A ferramenta tem código aberto e é alimentada pela Lightning Network (LN).

Nesta terça-feira (5), Elizabeth Stark, cofundadora e CEO da Lightning Labs, anunciou o Taro e disse que, com a ferramenta, quer trazer ativos como stablecoins para a blockchain do Bitcoin.

Além do Taro, a Lightning Labs também anunciou que levantou US$ 70 milhões em financiamento Série B, liderado pela Valor Equity Partners e acompanhado pela gestora global de ativos Baillie Gifford.

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Stark falou que o Taro melhora a funcionalidade do Bitcoin, e isso é possível por causa da Taproot, atualização que foi ativada no ano passado. A Taproot apresentou três mudanças: assinaturas de Schnorr, Tapscript e Merkelized Abstract Syntax Trees (MAST). A Taproot fornece ganhos de eficiência, privacidade e flexibilidade ao Bitcoin, mas somente se for incorporada em ferramentas para usuários por desenvolvedores. O Taro é um indicativo do que pode se tornar possível quando a Taproot for colocada em ação.

Em uma entrevista concedida ao CoinDesk, o diretor de desenvolvimento de negócios da Lightning Labs, Ryan Gentry, disse que o protocolo é “exclusivamente habilitado pela Taproot para incorporar condições de gastos em MASTs sem divulgar todos os detalhes à blockchain. Usando MASTs, o Taro incorpora dados para novos ativos, de modo que esses ativos possam ser tratados como Bitcoins.”

Como funciona

A Lightning Labs descreve o Taro como uma rede de sobreposição de ativos no Bitcoin. A segurança do Taro é baseada no consenso incorporado, o que significa que as transações do protocolo incluem dados do BTC que precisam ser verificados na blockchain da criptomoeda.

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Existem regras adicionais para governar esses dados, conforme definido pelo protocolo Taro. Funciona de forma semelhante a LN, que é uma rede de sobreposição que usa contratos inteligentes de Bitcoin, mas possui seu próprio conjunto de regras para permitir a transferência instantânea da cripto.

Essas são regras com as quais a blockchain do Bitcoin não se importa necessariamente. Nesse ponto específico, Stark mencionou na mesma entrevista com o CoinDesk que “você emite [o ativo] na cadeia e depois traz complexidade aos pontos finais”, sendo o ponto final o protocolo Taro.

Mais importante ainda, a Lightning Labs lançou as especificações técnicas do Taro como uma Proposta de Melhoria do Bitcoin (BIP, em inglês) para que o protocolo possa ser construído com feedback de toda a comunidade de desenvolvedores.

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Embora o Taro possa estar disponível primeiro no lnd, implementação do LN da Lightning Labs, seu status como um protocolo de código aberto permitirá que outras implementações populares da LN, como o eclair da ACINQ ou o Core Lightning da Blockstream, usem o Taro. Durante a entrevista, Stark apontou isso como um aspecto crítico. Quando a Lightning Labs anunciou sua Série A em 2020, ela escreveu que estávamos “entrando na década da Lightning”. Dois anos depois, ela disse que a Lightning Labs continua comprometida em ser de código aberto.

Uma distinção crítica entre o Taro e outras stablecoins, como a TerraUSD (UST), é que o protocolo é apenas a infraestrutura para permitir a movimentação de ativos na Lightning, sejam stablecoins ou algum outro. O Taro não é uma stablecoin colateralizada, algorítmica ou outra; é simplesmente uma infraestrutura para permitir a movimentação de criptos. Os desenvolvedores ainda precisam construir projetos usando o Taro.

Principais financiamentos

Quando questionada sobre a Série B de US$ 70 milhões anunciada em conjunto com o Taro, Stark disse que a abordagem combinada foi intencional.

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“O objetivo do anúncio era focar na tecnologia [Taro], arrecadar dinheiro é apenas o meio, não o fim”, falou Stark.

Os fundos serão usados para reforçar a flexibilidade da Lightning Lab. Servirão também como combustível para o crescimento da empresa, disse ela. A Lightning Labs ainda é uma pequena empresa com apenas 24 funcionários, conforme sua página de equipe.

Além de Valor Equity e Baillie Gifford, participaram da rodada de financiamento as seguintes empresas e empresários: Goldcrest Capital; Kingsway; Moore Strategic Ventures; Brevan Howard; Vlad Tenev, CEO da Robinhood; NYDIG e Alan Lane, CEO do Silvergate.

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O fato de a Baillie Gifford estar no grupo de investidores mostra que empresa financeira tradicional, que tem um longo histórico operacional, está apostando no mercado cripto. Nos últimos sete meses, a Baillie também investiu na Blockstream e na Blockchain.com. Stark mencionou que a gestora de ativos é um “investidor orientado a longo prazo, então eles são realmente perfeitos para o que estamos tentando realizar”.

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