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A Kering alertou que seu lucro anual cairá para o menor nível desde 2016, à medida que a queda na demanda chinesa por produtos de luxo prejudica a recuperação da maior marca do grupo francês de moda, a Gucci.
A receita operacional recorrente da Kering este ano pode ser em torno de € 2,5 bilhões (US$ 2,7 bilhões), informou a empresa nesta quarta-feira (23). Esse seria o menor nível em oito anos e inferior aos € 2,82 bilhões que os analistas esperavam.
As vendas comparáveis da Gucci, que representam a maior parte do lucro da Kering, despencaram 25% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior.
As ADRs da Kering em Nova York caíram até 5,7% na quarta-feira. As ações já caíram mais de 40% este ano e estão a caminho de seu pior desempenho anual desde 2008.
Os resultados mostram como se tornou complicado para a Kering redefinir sua marca principal em meio a uma desaceleração da demanda por produtos de alta qualidade, especialmente na China.
A recuperação da Gucci levará tempo, disse a diretora financeira da Kering, Armelle Poulou, a repórteres durante uma ligação. Ela mencionou que as preocupações na China em torno do desemprego juvenil e da recessão imobiliária estão pesando sobre a confiança do consumidor no país.
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Poulou afirmou que a Kering está satisfeita com a nova estética adotada pela Gucci sob a direção de Sabato de Sarno, o diretor criativo nomeado no início de 2023. O designer trouxe um estilo mais minimalista para a marca, que era anteriormente conhecida por seus looks extravagantes sob seu predecessor Alessandro Michele, que deixou a marca há dois anos.
No início deste mês, o conglomerado de moda promoveu um ex-executivo da Louis Vuitton, Stefano Cantino, para ser o novo CEO da Gucci a partir de 1º de janeiro. Cantino se juntou à Gucci em maio como vice-CEO.
A Kering não é o único grupo de luxo a sofrer com a desaceleração no segmento de alta qualidade. O desempenho segue vendas decepcionantes no mesmo período na divisão de moda e artigos de couro da LVMH, que inclui Louis Vuitton e Christian Dior.
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