Justiça decreta falência da Agrenco; ex-presidente da Petro dá explicações ao Senado

Gabrielli irá prestar esclarecimentos sobre compra de refinaria de Pasadena nesta data; Itaúsa anuncia pagamento de proventos

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além da temporada de resultados do segundo trimestre, o noticiário corporativo inicia esta terça-feira (6) bastante movimentado. Em destaque, a Justiça de São Paulo decretou a falência da Agrenco (AGEN11) no Brasil, empresa com sede em Bermudas que está em processo de recuperação judicial desde 2008.

A decisão já era esperada uma vez que os credores recusaram a proposta de recuperação apresentada pela companhia no último dia 27. 

A companhia, que está com as operações paralisadas desde 2011, não conseguiu alcançar os objetos da nova Lei de Falências, segundo o juiz Marcelo Sacramone. Vale ressaltar que, mesmo antes de ser decretada a falência da companhia, a Agrenco afirmou que recorreria caso sua falência fosse decretada. 

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A Agrenco possui duas unidades produtoras de biodiesel no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e armazém de grãos dentre os seus ativos e possui R$ 1,2 bilhão de dívidas. 

Gabrielli vai ao Senado explicar compra de Pasadena
Nesta data, o ex-presidente da Petrobras (PETR3;PETR4) irá prestar contas ao Senado sobre a compra da refinaria de Pasadena, no estado norte-americano do Texas. A audiência será realizada na CMA (Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle). 

Ele foi convidado após aprovação de requerimento do senador Ivo Cassol (PP-RO). O senador quer ouvir as explicações do ex-presidente da petrolífera sobre a transação; denúncias veiculadas pela Veja apontam que o preço pelo qual a refinaria foi comprada, de US$ 1,8 bilhão, era dez vezes maior do que o valor de mercado. A transação também está sendo avaliada pelo TCU (Tribunal de Contas da União). 

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Aneel autoriza desverticalização da Amazonas Energia
A Eletrobras (ELET3;ELET6) informou ao mercado que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autoriza a desverticalização da Amazonas Energia, mediante versões dos ativos e passivos das atividades de geração e transmissão para a Amazonas Geração e Transmissão de Energia S.A., assim como às transferências de outorgas decorrentes.

Itaúsa anuncia pagamento de juros sobre capital próprio
Após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, a Itaúsa (ITSA4) anunciou o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 0,07100 por ação, por conta do dividendo obrigatório do exercício de 2013.

Os juros terão como base de cálculo a posição acionária final do dia 6 de agosto e serão creditados de forma individualizada nos registros da Companhia em 21 de agosto e pagos aos acionistas a partir dessa data.

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Raízen compra 10% da Sem Parar
A Raízen comprou uma participação de 10% na STP, dona do serviço de pagamento eletrônico Sem Parar, o que permitirá o uso da ferramenta na rede de postos de combustível da Shell.

A operação anunciada nesta segunda-feira, no valor R$ 250 milhões, depende da aprovação dos órgãos de defesa da concorrência.

Criada em 2011, a Raízen, joint venture entre a Shell e a Cosan (CSAN3), é a maior produtora individual de açúcar e etanol de cana do mundo.

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A empresa, que também atua na distribuição e comercialização de combustíveis, além da produção de bioenergia a partir de bagaço de cana, usará recursos próprios para financiar a aquisição da fatia na STP.

O objetivo da Raízen com o acordo é aprimorar a relação com os clientes da Shell, além de atrair consumidores da base de 4 milhões de clientes ativos da STP, afirmou o vice-presidente de marketing da Raízen, Leonardo Linden, em entrevista à Reuters.

Em um primeiro momento, a compra de combustível poderá ser feita por meio do Sem Parar, mas as lojas de conveniência também poderão ser contempladas.

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Tempo Participações: mudanças na diretoria
A Tempo Participações (TEMP3), em ata de reunião realizada na última segunda-feira, informou que aceitou o pedido de renúncia apresentado pelo diretor financeiro e de relações com investidores José Luís Magalhães Salazar.

Desta forma, a companhia informou que o diretor presidente da Tempo, Marco Aurélio Couto, acumulará o cargo de diretor com relações com investidores. Para o cargo de diretor financeiro, a indicação da companhia foi Marcos Rodrigues Soares. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.