JPMorgan vê possível saída de US$ 300 bi de mercado acionário com reequilíbrio de fluxos

Grandes investidores de multiativos podem precisar deslocar dinheiro da renda variável para títulos de dívida após o forte desempenho das ações neste mês

Bloomberg

(Getty Images)

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(Bloomberg) — O reequilíbrio dos fluxos pode levar a um êxodo de cerca de US$ 300 bilhões dos mercados acionários globais até o fim do ano, de acordo com o JPMorgan Chase.

Grandes investidores de multiativos podem precisar deslocar dinheiro da renda variável para títulos de dívida após o forte desempenho das ações neste mês, escreveram estrategistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglou em relatório na sexta-feira.

Esses investimentos incluem fundos mútuos balanceados, como portfólios 60/40 (60% de ações e 40% de títulos), planos de pensão de benefício definido dos EUA e alguns grandes investidores como o Norges Bank, que administra o fundo soberano da Noruega, e o plano de pensão do governo japonês GPIF, disseram os estrategistas.

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“Vemos alguma vulnerabilidade no curto prazo nos mercados de renda variável vinda de fundos mútuos balanceados, um universo de US$ 7 trilhões, tendo que vender cerca de US$ 160 bilhões em ações globalmente com objetivo de reverter para sua meta de alocação 60:40 no final de novembro ou no final de dezembro, o mais tardar”, escreveram os estrategistas.

Se o mercado acionário subir em dezembro, pode haver US$ 150 bilhões adicionais em ações vendidas até o fim do mês por fundos de pensão, que tendem a se reequilibrar trimestralmente, acrescentaram.

Um indicador de ações globais da MSCI atingiu recorde em 16 de novembro. O índice acumula alta superior a 10% neste mês em meio a sinais positivos sobre o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 e menores preocupações com a eleição nos EUA. O índice Global-Aggregate Total Return Bloomberg Barclays subiu cerca de 1,5%.