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O JPMorgan reiterou seu otimismo com os preços do minério de ferro e elevou a sua projeção para os valores da commodity, passando de previsão de US$ 94 a tonelada para US$ 101 a tonelada para 2023 e de US$ 90 a tonelada para US$ 93 a tonelada para 2024.
Enquanto a previsão dos analistas do banco, Rodolfo Angele e Lucas Yang, para a produção de aço na China em 2023 foi mantida em queda de 1% na comparação anual, o case de oferta para o preço do minério de ferro acabou sendo mais positivo para os preços.
Agora, as projeções do banco de volume de produção para a Vale (VALE3) estão no limite inferior do guidance da mineradora, de 310 milhões a 320 milhões a toneladas, versus projeção anterior do JP de produção de 330 milhões de toneladas. A projeção é de que os volumes atingirão o pico em 2028 a 360 milhões de toneladas no ano, ante 395 milhões da última previsão.
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“Mais importante, o sentimento deve continuar a impulsionar a alta dos preços no início do próximo ano. Esperamos oferta sazonalmente menor, com reabastecimento antes do Ano Novo Chinês e notícias de uma potencial reabertura da China para manter um sentimento positivo (mesmo que os fundamentos para 2023 não tenham mudado materialmente)”, avaliam Angele e Yang. Os analistas continuam taticamente otimistas com o minério de ferro e a Vale continua sendo o nome preferencial no setor.
A história da reabertura da China provavelmente agirá para estabilizar a demanda em vez de acelerá-la, apontam os analistas, mas deve ser um condutor positivo para o sentimento. “A queda na produção da China deve ser compensada por
uma previsão de crescimento anual global de cerca de 1,5% ex-China”, apontam os analistas.
Angele e Yang destacam ainda que, além de diminuir a projeção de produção para a Vale, a Rio Tinto tem colocado o seu guidance para uma produção anual estável em 2023 de 320 milhões a 335 milhões de toneladas, embora a equipe de análise que acompanha a companhia acredite que o ponto médio desta faixa deva ser alcançado (versus o limite inferior neste ano). Assim, “menos é mais”, uma vez que uma menor oferta gera também uma menor pressão de preços para baixo.
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“No geral, a projeção de crescimento de oferta em 2023 das majors [maiores empresas do setor] caiu de cerca de 48 milhões de toneladas para cerca de 28 milhões a toneladas”, vendo agora um maior equilíbrio entre oferta e demanda. “No entanto, o principal risco é o crescimento [da produção] da Índia, onde medidas punitivas às tarifas de exportação foram desfeitas”, avaliam.
Neste cenário, os analistas reiteram que a Vale continua sendo a sua top pick (preferida) no setor, destacando os múltiplos descontados dos ativos. “Os preços do minério de ferro estão agora em US$ 110 a tonelada, alta de 38% desde a mínima mais recente, enquanto fundamentos não mudaram materialmente e o entusiasmo pela reabertura da China fez os preços subirem. Esperamos que o sentimento seja um fator-chave para os preços nos próximos meses”, avaliam. Assim, a recomendação para os ativos é overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 109 para VALE3, ou potencial de avanço de 26,5% em relação ao fechamento de terça-feira (13).
O otimismo com as ações da Vale tem aumentado, em linha com os preços do minério. Cabe destacar que, na semana passada, o Morgan elevou a recomendação dos ADRs (na prática, os ativos da companhia negociados na Bolsa dos EUA) da Vale para equivalente à compra, destacando uma série de catalisadores positivos, o que inclui a tese de reabertura da China.