JHSF tem forte resultado com incorporação e retomada dos shoppings; ação chega a subir 6%, mas fecha em alta de 2%

Desempenho da divisão de shopping surpreendeu positivamente, principalmente pela forte retomada de vendas em maio e junho

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Depois de divulgar resultado do segundo trimestre de 2021 considerado positivo pelos analistas, as ações da JHSF (JHSF3) chegaram a subir até 5,96%, a R$ 8, na máxima do dia na sessão desta sexta-feira (6). Contudo, amenizaram, fechando com alta de 2,12%, a R$ 7,71.

A companhia, dona do shopping Cidades Jardim e dos restaurantes Fasano, teve lucro líquido de R$ 321,4 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representa alta de 26,4% ante o resultado do mesmo período do ano passado.

De acordo com o Itaú BBA, a gestora de shoppings e empreendimentos imobiliários de alto padrão reportou resultados melhores do que o esperado para o segundo trimestre, impulsionados pelo forte desempenho do segmento de incorporação e por uma retomada da receita de shoppings. “Como resultado, a receita líquida e o lucro bruto bateram nossas expectativas para o trimestre”, avaliam.

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A JHSF apontou que o trimestre foi marcado pelo ritmo comercial aquecido na Incorporação e pela retomada gradual das operações de Shoppings e Hospitalidade e Gastronomia.

De acordo com o balanço, o ritmo comercial do segmento de incorporação se manteve aquecido, com alta demanda pelos produtos. “Diante disso, no Complexo Boa Vista antecipamos o lançamento de uma nova fase no projeto do Boa Vista Village e tivemos o pré-lançamento do Boa Vista Estates, terceiro projeto do Complexo”, aponta a empresa. As vendas contratadas apresentaram crescimento de 66% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O desempenho da JHSF também superou as estimativas da XP, com o desempenho sendo principalmente atribuído ao maior reconhecimento de receita do segmento residencial, impulsionado pelo forte desempenho de vendas do Complexo Boa Vista e da venda de um terreno no Catarina Town.

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“Além disso, o segmento de shopping centers apresentou um desempenho operacional robusto, com vendas dos lojistas ultrapassando os números de 2019”, avaliam os analistas da casa, que possuem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 9,70 por ação, ou potencial de alta de 28,5% em relação ao fechamento de quinta-feira (5).

O desempenho da divisão de shopping surpreendeu positivamente, principalmente pela forte retomada de vendas em maio e junho, avalia o BBA. Já as vendas de lojistas cresceram 35% em maio ante mesmo período de 2019 (base comparável) e 31% em junho, acima dos números divulgados pelas operadoras de shoppings até o momento. “A boa performance reforça a resiliência do segmento de luxo”, ressaltam os analistas.

Já as vendas da divisão residencial tiveram forte crescimento trimestral e anual, alcançando R$ 564 milhões no segundo trimestre. Em função da boa performance de vendas, a receita líquida de incorporação alcançou R$ 559 milhões (crescendo 147% na comparação anual), com uma margem bruta de 78%.

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Com relação à hotelaria a JHSF apresentou resultados positivos ante uma base de comparação mais fraca, entregando um crescimento de receita por quarto disponível de 143% na comparação anual (estável se comparado com o segundo trimestre de 2019). Além disso, os níveis de ocupação mostraram um aumento substancial quando comparados ao mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, para o BBA, os destaques negativos ficaram com o aumento no nível das despesas administrativas e as despesas financeiras, que ofuscaram parte do efeito positivo do crescimento de receitas. “Vale destacar que a pressão nas despesas financeiras deve ser não recorrente, dado que o desempenho ruim dessa linha se deve ao encerramento do FII Rio Bravo Fazenda Boa Vista”, apontam.

Os analistas do banco possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para a ação, com preço-alvo de R$ 10,10, um upside de 34% em relação ao último fechamento.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.