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Os resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) – subsidiária americana indireta da JBS (JBSS3) voltada para frango – não superaram as estimativas do BBI e nem as do consenso, como havia acontecido nos trimestres anteriores, mas foram sólidos. Às 12h10 (horário de Brasília) desta quinta-feira (31), os ativos da PPC subiam 2,66% no mercado americano, enquanto houve pouco efeito do balanço para a JBSS3, que subia 0,22%, a R$ 36,78.
A receita da PPC cresceu 5% em relação ao ano anterior, para US$ 4,6 bilhões, apesar do impacto dos efeitos negativos da operação no México. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 660 milhões ficou 4% abaixo do esperado pelo Bradesco BBI, com uma leve expansão de 1% no trimestre devido a uma desaceleração no México (onde a volatilidade dos resultados é naturalmente maior).
O Bradesco BBI comenta que os resultados da PPC não devem trazer mudanças significativas em suas expectativa de lucros para JBS no 3T24. Desta vez, o banco acredita que a JBS Brasil e a Seara devem impulsionar o crescimento sequencial dos lucros da companhia. A expectativa é, mais uma vez, de fortes resultados.
Embora espera que as margens devam atingir o pico no 3º trimestre, à medida que a sazonalidade desfavorável do final do ano entra em ação, o BBI também acredita que a JBS está a caminho de atingir o limite superior de seu guidance (orientação).
Diante disso, analistas do BBI espera que a desaceleração do ciclo avícola seja gradual ao longo do 4T24 e 2025 e, mesmo incorporando resultados avícolas mais fracos à frente, eles enxergam as ações sendo negociadas a 5,2 vezes o múltiplo Valor da Firma (EV)/EBITDA esperado para 2025, um desconto injustificado de 4% em relação à sua média histórica e abaixo de seus pares de proteínas.
Além disso, segundo BBI, a probabilidade de a listagem nos EUA avançar parece mais clara do que nunca. O banco reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 46.
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Na mesma linha que BBI, o Safra disse que a PPC apresentou resultados sólidos, impulsionados por uma forte expansão da margem no ano passado. “Mesmo que o desempenho do México tenha arrastado para baixo os resultados gerais, o desempenho nos EUA foi sólido, mais do que compensando o México, levando a uma expansão sólida da margem no ano”, acrescenta o banco.
Além disso, os fundamentos do mercado foram favoráveis, dada a forte demanda de frango nos EUA, juntamente com preços mais baixos de grãos. Em suma, o Safra vê os resultados da PPC como construtivos para as expectativas de lucros da JBS.
O Safra manteve recomendação de compra para JBSS3, dada a sua diversificação geográfica e de portfólio, histórico de execução e geração de caixa. A JBS deve reportar seus resultados no 3T24 em 13 de novembro.