Itaúsa (ITSA4) tem lucro recorrente de R$ 4,6 bilhões no 3º trimestre e anuncia proventos de JCP

O resultado recorde foi fruto de desempenho de empresas do grupo, bem como do impacto positivo a valor de mercado da XP Inc.

Camille Bocanegra

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A Itaúsa (ITSA4), holding que controla o banco Itaú (ITUB4), reportou lucro líquido recorrente de R$ 4,6 milhões no balanço do terceiro trimestre. Segundo a empresa esse é maior lucro recorrente já apresentado e representa crescimento de 29% em relação ao mesmo período de 2022.

O desempenho é “reflexo da solidez e resiliência do portfólio, além do impacto positivo a valor de mercado da XP Inc.”, acrescentou a companhia.

O lucro líquido não recorrente ficou em R$ 4 bilhões, com salto de 15,1% na comparação anual. O terceiro trimestre foi marcada pela busca pela desalavancagem, considerando o cenário macro local e internacional “desafiador”, de acordo com Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa.

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O resultado recorrente das empresas investidas, refletido na Itaúsa no 3T23 foi de R$ 4,4 bilhões, com avanço de 23% na comparação anual. A cifra foi puxada, principalmente, por resultados crescentes do Itaú Unibanco, Copa Energia, Grupo CCR e Aegea, além do efeito da XP.

Dando continuidade à estratégia de melhor alocação de capital, a holding realizou a venda de 8,7 milhões de ações classe A da XP Inc., pelo valor aproximado de R$ 1 bilhão e, assim, passou a deter 2,7% do seu capital.

Os recursos das vendas foram destinados para reforço de caixa e execução da estratégia de desalavancagem. Assim, ao final de setembro, foi realizada a amortização antecipada de 60% das debêntures da 1ª série da 5ª emissão, no valor total aproximado de R$ 1,6 bilhão

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O valor de mercado do portfólio apresentou queda de 6%, para R$ 109,7 bilhões enquanto o ROE sobre PL médio apresentou alta de 0,3 ponto percentual, em 20,9%.

O endividamento líquido da companhia caiu 70,3% em relação ao ano passado, ficando em R$ 1,7 bilhões ante os R$ 5,8 bilhões observados no terceiro trimestre de 2022, “coerente com o momento de estratégia de desalavancagem da companhia”.

No setor não financeiro, a companhia apresentou recuo de 109%, principalmente pelo prejuízo da NTS, que reverteu o lucro de R$ 402 milhões para R$ 238 milhões negativos. O desempenho de outras empresas do grupo, como Alpargatas e Dexco também veio com quedas discretas que impactaram o resultado.

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Pagamento de proventos

A companhia anunciou pagamento de provento trimestral a partir do dia 02 de janeiro de 2024 se dará na forma de Juros sobre o Capital Próprio (“JCP”) no valor de R$ 0,0235295 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda, resultando em juros líquidos de R$ 0,02 por ação.

Esses juros, pagos a título de antecipação do dividendo obrigatório do exercício de 2023, terão como base de cálculo a posição acionária final do dia 30 de novembro de 2023 e serão creditados em 20 de dezembro, de forma individualizada.