Itaú reduz projeção de inflação para 3,3% em 2017 e vê ciclo mais longo de corte de juros

Para este ano, o banco prevê agora que o IPCA subirá 3,3 por cento, ante 3,7 por cento projetado anteriormente

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – O banco Itaú reduziu as projeções para inflação deste e do próximo ano e passou ver um ciclo mais longo da queda da taxa básica de juros, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira.

Para este ano, o banco prevê agora que o IPCA subirá 3,3 por cento, ante 3,7 por cento projetado anteriormente. Em 2018, a inflação esperada é de 4 por cento, pouco inferior ao 4,1 por cento apontado no relatório anterior.

“A maior parte da revisão ocorreu nas projeções para alimentação e combustíveis, refletindo dados mais favoráveis na margem, bem como ajustes no cenário para alguns preços agrícolas e petróleo”, apontou o banco em relatório assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.

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Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou a meta de inflação para 2019 em 4,25 por cento e em 4 por cento para 2020. Para este ano e o próximo o centro da meta é de 4,5 por cento.

Com a inflação mais branda, o Itaú também passou a ver um ciclo mais longo para a queda da taxa de juros. O banco ainda mantém a projeção de que a Selic deve encerrar 2017 a 8 por cento, mas reduziu a previsão para 2018, a 7,5 por cento.

“A decisão (do CMN) não terá implicações significativas para a condução da política monetária, já que as expectativas de inflação já incorporavam a redução da meta. No entanto, a redução da meta ajuda a ancorar as expectativas no longo prazo e sinaliza uma eventual convergência para níveis ainda mais baixos de inflação.

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O banco manteve ainda a projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano a 0,3 por cento e de 2,7 por cento para 2018.

 

 

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(Por Luiz Guilherme Gerbelli)