Itaú BBA reduz preço justo da Petrobras e mais 3 notícias da estatal; 2 recomendações e outros destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue movimentado na sessão desta quinta-feira. Em destaque, estão diversas notícias sobre a Petrobras e duas revisões de recomendações. Além disso, a agência de classificação de risco Moody’s alterou perspectiva dos ratings de 19 bancos além da Eletrobras, entre outras empresas. Confira os destaques desta quinta:

Bancos

A agência de classificação de risco Moody’s alterou a perspectiva dos ratings de 19 bancos brasileiros e da B3 (novo nome da BM&FBovespa) de estável para negativa. De acordo com a instituição, as modificações seguem-se à alteração da perspectiva da nota soberana do Brasil, revisada na sexta-feira, de estável para negativa. Segundo a agência, qualquer desaceleração na recuperação econômica brasileira, que deveria ganhar força no segundo semestre, prolongará a pressão sobre a capacidade de reembolso e poderá levar a um aumento dos riscos de ativos para os bancos do país, quando esses riscos pareciam ter atingido o seu pico.

A Moody’s diz, ainda, que deve haver um aumento das inadimplências, o que exigirá que os bancos criem provisões adicionais, que podem prejudicar os lucros, “que deveriam começar a melhorar, graças à retomada do crescimento dos empréstimos e à queda dos custos de financiamento”.

Eis a lista dos bancos afetados: Banco ABC Brasil S.A., Banco Alfa de Investimento S.A., Banco BBM S.A., Banco Bradesco S.A., Banco Bradesco S.A., Grand Cayman, Banco Cooperativo Sicredi S.A., Banco Daycoval S.A., Banco do Brasil S.A., Banco do Brasil S.A. (Cayman), Banco do Estado de Sergipe S.A., Banco do Nordeste do Brasil S.A., Banco Industrial do Brasil S.A., Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco PSA Finance Brasil S.A., Banco Safra S.A., Banco Safra S.A. (Ilhas Cayman), Banco Santander Brasil S.A., Banco Santander Brasil S.A. (Ilhas Cayman), Banco Sofisa S.A., Banco Votorantim S.A., Banco Votorantim S.A. (Nassau), B3 (novo nome da BM&FBovespa S.A.), Caixa Econômica Federal (CAIXA), Itaú Unibanco Holding S.A., Itaú Unibanco Holding S.A. (Ilhas Cayman), Itaú Unibanco S.A., Itaú Unibanco S.A. (Ilhas Cayman), Banco BBM S.A., Banco Daycoval S.A., BNDES Participações S.A. – BNDESPAR, Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. 

Outras companhias a terem os ratings colocado em perspectiva negativa pela agência de classificação de risco Moody’s foram a Eletrobras (ELET3), Fibria, Fleury, Localiza, Raízen, Suzano, Telefônica, Ultrapar e Valid. Já a perspectiva estável para o rating da Ambev não foi afetada.

Corte de juros

Os maiores bancos brasileiros anunciaram nesta quarta-feira redução nas suas taxas de juros, seguindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que cortou a Selic em 1 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Para ver todas as mudanças nos juros das principais instituições financeiras, clique aqui.

Petrobras (PETR3; PETR4)
O Itaú BBA revisou as estimativas para a Petrobras e reduziu o preço justo das ações PETR4 de R$ 22,50 para R$ 18,50, mas manteve visão positiva sobre a companhia. 

 Já ontem, em evento realizado em São Paulo, o presidente da Petrobras , Pedro Parente, disse que já recebeu propostas para a aquisição da refinaria de Passadena, nos Estados Unidos. O CEO também respondeu a questionamentos sobre sua permanência no comando da estatal: “Eu vou continuar lá e com meu time”.

Na ocasião, o executivo chamou atenção para o programa de desinvestimentos da companhia, estimado em US$ 21 bilhões, o ambiente, segundo ele, mais favorável para o setor de óleo e gás, além da importância em não haver desvios no planejamento estratégico estabelecido.

Ainda no radar da companhia, ela solicitou a inclusão de débitos tributários no PRT (Programa de Regularização Tributária), instituído por Medida Provisória, segundo comunicado. A adesão ao PRT se deu, “em sua maioria, em processos na esfera administrativa, com expectativa de perda provável, relativos a pedidos de compensação de tributos federais não
homologados”, no montante de R$ 1,66 bilhão.

O impacto estimado no resultado líquido consolidado da Petrobras é de R$ 308 milhões, segundo o comunicado.  A avaliação da estatal “considerou que a alternativa de judicialização dos processos implicaria em constituição de garantias, bem como acréscimo do valor do débito ao longo do
tempo. 

A companhia ainda informou que a Justiça Federal reconheceu, em decisão de 1ª instância, a dedutibilidade na base de cálculo do Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido das despesas relacionadas à repactuação do Plano Petros.  “Entretanto, tal dedução estaria limitada a 20% do total
dos salários dos empregados e da remuneração dos dirigentes
da companhia”. A “Petrobras apresentou solicitação de esclarecimentos de
alguns aspectos da decisão, cabendo ainda recurso à instância superior, não se tratando, portanto, de decisão definitiva”.

Recomendações

Em destaque, estão duas elevações de recomendações. A Ultrapar (UGPA3)  foi elevada de manutenção para compra pelo Santander, enquanto Cosan (CSAN3) foi elevada de neutra para compra pelo UBS. Sobre Cosan, os analistas do UBS destacam que a ação tem registrado baixa, mas os bons fundamentos se mantêm. Assim, em meio ao valuation descontado, a recomendação foi elevada e o preço-alvo é de R$ 44,00. 

Já sobre a Ultrapar, o Santander aponta as perspectivas de um maior Ebitda a partir do segundo semestre deste ano e também em 2018. O preço-alvo foi rolado, passando de US$ 21,00 para 2017 a US$ 27,10 em 2018. 

Educacionais

De acordo com a Folha, o governo  planeja uma revisão no Fies (financiamento estudantil) que prevê o fim do prazo de carência para que estudantes beneficiados iniciem o pagamento da dívida. Hoje, as parcelas começam a ser pagas somente após um ano e meio. As alterações devem afetar tanto as condições para alunos como para as instituições de ensino superior particulares. O fundo que funciona como um fiador de parte da inadimplência dos estudantes também sofrerá mudanças.

As novas regras devem ser anunciadas neste mês. Valerão para contratos futuros.

Ser (SEER3)

O curso de licenciatura em Pedagogia na Faculdade Uninassau de Petrolina e tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos na Faculdade Uninassau de Jaboatão dos Guararapes, administradas pela Ser Educacional, estão entre as autorizadas pelo MEC, segundo portaria publicada no Diário Oficial. Os cursos oferecerão 240 vagas cada.

Prumo  (PRML3

A Prumo Logística informou o mercado que sua subsidiária Açu Petróleo S.A desembolsou o montante de US$ 80 milhões junto à agência norte-americana de desenvolvimento Overseas Private Investment Corporation (“OPIC”). Segundo fato relevante enviado pela companhia à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), trata-se do primeiro desembolso de uma linha de crédito de até US$ 350 milhões.

“Os recursos desembolsados, além de contribuírem para equilibrar a estrutura d capital da Açu Petróleo, serão utilizados nos investimentos do terminal de transbordo de petróleo”, informou a Prumo Logística.

Magazine Luiza (MGLU3)

O Conselho do Magazine Luiza aprovou a reapresentação do ITR 2017 e
demonstrações de 2015 e 2016, informou a companhia. 

Biomm

A empresa brasileira de biotecnologia Biomm (BIOM3) e a norte-americana MannKind fecharam um acordo de exclusividade para venda, no Brasil, de uma marca de insulina. Segundo fato relevante divulgado nesta quarta-feira, o acordo envolve o fornecimento, distribuição e venda da insulina inalável em pó Afrezza.

A Biomm agora buscará as aprovações necessária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED). Os termos detalhados e valores do contrato não foram divulgados.

Estrela

No pregão da próxima quinta-feira, as ações da Estrela (ESTR4) passarão a ser negociadas de forma grupada, na razão de 20 para 1, conforme comunicado de alterações da B3. Com isso, também haverá alteração nos preços dos papéis.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.