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A ISA Energia Brasil (TRPL4) investirá R$ 14 bilhões nos próximos cinco anos em projetos de transmissão de energia elétrica, em uma expansão do portfólio que permitirá a manutenção do fluxo de caixa para o futuro e compensará o fim do recebimento de uma indenização bilionária em 2028, disse nesta terça-feira (12) o CEO da transmissora, Rui Chammas.
Em apresentação a analistas e investidores, o executivo afirmou que a companhia, que abandonou recentemente o antigo nome “ISA Cteep”, aportará R$ 9 bilhões para finalizar a construção de sete projetos de transmissão até 2029, ao mesmo tempo em que destinará R$ 5 bilhões para reforços e melhorias em suas linhas e subestações já existentes.
Com isso, a expectativa é de que os novos empreendimentos compensem o término, em 2028, dos fluxos financeiros da chamada “RBSE”, uma indenização que está sendo paga atualmente à companhia em função da renovação antecipada de concessões realizada no passado.
A RBSE é uma herança da Medida Provisória 579, do governo Dilma Rousseff, e vem sendo questionada até hoje, em um imbróglio ainda pendente na Aneel. Mesmo sem um desfecho, as indenizações às transmissoras estão sendo pagas, em valores bilionários que são cobrados dos usuários da rede elétrica, os consumidores e geradores, por meio da conta de luz.
Segundo Chammas, os novos projetos garantem “longevidade” para a ISA Energia mesmo após o término da indenização.
“Essa dúvida, ou essa desconfiança de qual é o futuro da companhia, eu posso garantir que essa é uma fonte permanente de atenção da nossa estratégia e da implementação dela ao longo do tempo.”
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Em relação à definição sobre o assunto no âmbito da Aneel, o CEO da transmissora afirmou que ainda não há uma sinalização de quando ele retornará para discussão entre os diretores.
“Esse é um tema que não é simples… Eu acredito e confio na governança da agência, para que esse tema seja tratado com a devida atenção. Não temos nenhuma expectativa de quando ela (a diretora da Aneel, Agnes da Costa) possa voltar com esse tema em reunião”.
O elevado volume de investimentos a ser realizado pela companhia nos próximos anos não comprometerá a distribuição de dividendos, nem levará a alavancagem a níveis de risco, destacou a diretora financeira e de relação com investidores, Silvia Wada.
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“Temos uma premissa de crescimento rentável, mas com compromisso de manutenção da nossa prática de payout, de mínimo de 75% do lucro regulatório”, disse a executiva.
Negócios em baterias
Na reunião, Chammas também ressaltou que a mudança de marca para ISA Energia não significa uma virada estratégica ou corporativa e reafirmou o foco na transmissão de energia, descartando a entrada em outros segmentos do setor elétrico, como geração e distribuição.
Mas a empresa manterá sua aposta em novos negócios relacionados à transmissão de energia, como as baterias e sistemas de armazenamento de energia, segmento no qual a ISA Energia já opera um projeto pioneiro no Brasil.
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Segundo a diretora financeira, a transmissora aguarda “ansiosamente” o leilão de baterias previsto pelo governo para 2025, mas observou que ainda há uma série de definições “estruturantes” necessárias para que a companhia possa avaliar melhor sua participação.