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As ações das empresas Iochpe-Maxion (MYPK3) e Tenda (TEND3) que divulgaram resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) repercutem com fortes ganhos na sessão desta quinta-feira (7) e sendo os destaques entre as maiores altas entre os ativos que soltaram resultado.
As ações da Iochpe-Maxion subiam 7,26%, a R$ 11,37, enquanto as da Tenda operavam em alta de 6,38%, a R$ 16,85, por volta do 12h (horário de Brasília).
Mas o que animou o mercado nos números das companhias?
Confira as visões sobre os balanços do 3T24:
Tenda (TEND3)
Na avaliação da XP Investimentos, a Tenda apresentou resultados sólidos no 3T24, com as receitas líquidas crescendo 6% acima das estimativas da corretora, suportado por um volume maior das vendas líquidas, pelos impactos não recorrentes do PDD e do crédito para amortizações aceleradas.
Segundo a XP, a margem bruta ajustada cresceu de forma robusta para 32,2% (+1,7 ponto percentual, p.p., na base trimestral), beneficiando da forte expansão do segmento da Tenda.
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O lucro líquido ajustado foi de R$ 59 milhões, também favorecido por menores despesas financeiras. O FCF (fluxo de caixa livre) manteve-se positivo em R$ 12 milhões, apesar dos impactos das regras de repasse da Caixa Econômica.
Olhando para o futuro, o guidance para o segmento da Tenda foi revisado para cima, sinalizando fortes vendas líquidas e manutenção de margens brutas sólidas para o 4T. A XP reiterou classificação de compra para Tenda e preço-alvo de R$ 17,0 por ação.
A Genial comenta que tanto o resultado quanto o novo guidance são positivos para a tese de Tenda. “Ambos reforçam que a recuperação da companhia foi e está sendo mais rápido que o esperado”, destaca. Na avaliação da casa de análise, o mercado ainda não voltou a se aprofundar nos novos números da Tenda, por isso muito da recuperação dos números financeiros não está precificada. A companhia negocia hoje a 4 vezes Preço/Lucro estimado para 2025.
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Já o Bradesco BBI avaliou que a Tenda registrou bons resultados, mesmo excluindo ajustes não recorrentes (swaps, reversão de impostos), o que impulsionou os lucros durante o trimestre. A recomendação é de compra e preço-alvo de R$ 18.
Iochpe-Maxion (MYPK3)
A Iochpe-Maxion apresentou resultados melhores do que o esperado pela XP, com Ebitda ajustado de R$ 446 milhões. A corretora comenta que componentes estruturais se destacam em termos de crescimento de receita (+24% na base anual), apoiados por sólidas perspectivas de demanda no Brasil, com efeitos cambiais positivos também contribuindo para um crescimento consolidado.
Após alguns trimestres de rentabilidade abaixo do ideal, a XP agora vê a estrutura de custos da Iochpe mais próxima de um nível normalizado, com a margem Ebitda de 11% no 3T24 em linha com o que acha ser um nível de rentabilidade justo.
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Por fim, embora o mercado automotivo europeu possa permanecer como um vento contrário no futuro, a XP vê uma combinação de (i) perspectivas positivas de demanda no mercado doméstico, (ii) preços estáveis de matérias-primas e (iii) aumento da capacidade de produção na América do Norte desenhando um cenário melhor para 2025.
O Itaú BBA, por sua vez, avalia os resultados como positivos, impulsionados por fortes volumes na América do Sul (particularmente no mercado brasileiro de veículos comerciais), desvalorização do real, além de custos repassados aos preços. Com isso, segundo o BBA, a margem Ebitda atingiu 11%, algo que os investidores estavam ansiosos para ver.
A equipe de research do BBA reconhece o forte desempenho geral, mas destaca que, se não fosse pelo câmbio, a Europa teria mostrado uma receita 15% menor na base anual, enquanto a receita da América do Norte seria 2% menor na base anual.
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O BBA manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 14, pois, apesar do consenso atraente de 4 vezes P/L para 2025, manchetes desfavoráveis sobre demissões de Fabricantes Original do Equipamento (OEMs) e menor orientação de produção (particularmente na Europa) combinadas com maior foco de OEMs chineses em expansão fora da China podem piorar os fundamentos de médio prazo da Iochpe.
Assim como os demais bancos, o Bradesco BBI classificou os resultados como sólidos, destacando a expansão da margem e a robusta geração de caixa.
O BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 17.