Índices econômicos confirmam desaceleração da economia dos EUA

Conteúdo do Portal InfoMoney - Editoria Mercados

Equipe InfoMoney

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Os índices econômicos divulgados essa manhã nos EUA reforçam a tese de desaceleração da economia norte-americana. O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA (Initial Claims) foi de 358 mil na quarta semana de novembro, ficando acima do resultado registrado na semana passada (336 mil) e também acima das expectativas do mercado (345 mil).
Já o Personal Income, índice que mede a renda individual dos cidadãos norte-americanos, apresentou queda de 0,2% em outubro, contra uma elevação de 1,1% em setembro e expectativa de manutenção no mês passado.
O PCE, índice que reflete o consumo individual nos norte-americanos, apresentou alta de 0,2% em outubro. Apesar de positivo, o índice foi substancialmente menor do que o registrado em setembro (0,8%) e menor do que as expectativas do mercado (0,4%).
A esses números soma-se o resultado do PIB revisado dos EUA no terceiro trimestre, divulgado ontem. A economia norte-americana apresentou expansão de 2,4% no semestre, contra variações de 5,6% no segundo e 4,8% no primeiro. O crescimento do PIB foi o menor desde o quarto trimestre de 1996.
A estratégia do FED de desaceleração da economia americana, através do aumento de juros para controlar a inflação, parece surtir efeito. Por outro lado, isso pode ser sentido também nas bolsas de valores, em especial no setor de tecnologia, com queda nas expectativas de lucros das empresas e conseqüentemente queda no valor dos papéis. A grande dúvida do mercado nesse momento é se a desaceleração será suave, como deseja o FED, ou abrupta, o que viria a prejudicar toda a economia mundial. De qualquer forma, cresce a expectativa de que o FED baixe as taxas de juros do país no começo de 2001.

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