Índice de ADRs Brazil Titans 20 registra baixa; papéis de Vale e Petrobras caem 3%

Mercado fica de olho nos EUA e cotação do preço do petróleo, que virou para baixo; China segue no radar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Hoje é feriado na BM&FBovespa, mas os ADRs (American Depositary Receipts) dão uma boa indicação do que pode acontecer amanhã.

O índice Brazil Titans 20 Dow Jones, que é negociado na Bolsa de Nova York e reúne os 20 ADRs mais líquidos de empresas brasileiras, abriu a sessão oscilando entre leves perdas e ganhos, mas firmaram queda, acompanhando o desempenho das bolsas dos EUA. O índice tem baixa de 0,82%, a 13.672 pontos, às 10h47 (horário de Brasília). 

Com um noticiário pouco movimentado nos EUA após uma semana sólida de ganhos em meio à expectativa de que o Federal Reserve adie a alta de juros, os investidores seguem de olho nos preços de petróleo. Após um início de sessão de alta com os comentários do Kuwait, os preços viraram para baixo, com o brent sendo negociado a US$ 51,69, em queda de 1,82%.

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Entre os ADRs, a Vale (VALE3VALE5) caem 3,47%, a US$ 5,29, seguida pela CSN  (CSNA3), que cai 2,14%, para US$ 1,37. Enquanto isso, os papéis PBR, relativos às ações ordinárias da Petrobras (PETR3PETR4), têm baixa de 3,15%, a US$ 5,49. Já os recibos PBR-A caem 2,99%, para US$ 4,55, seguindo os preços do petróleo. 

Entre os bancos também há quedas: o Itaú Unibanco (ITUB4) caem 1,16%, a US$ 7,68; Bradesco (BBDC3;BBDC4) tem leve baixa de 0,16%, para US$ 6,31.

Entre os outros papéis com maior volume, a Eletrobras (ELET3ELET6) vê seus ADRs subirem 1,39%, para US$ 1,50. Já Pão de Açúcar (PCAR4) cai 3,34%, a US$ 15,07 e a Ambev (ABEV3) cai 1,25%, a US$ 5,15. 

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Sobre a Ambev, vale ressaltar que a sua controladora, a Anheuser-Busch InBev NV, tem até às 17 horas da quarta-feira para realizar uma oferta formal pela SABMilller Plc ou terá que se afastar durante seis meses. A empresa discutiu aumentar sua oferta para 43 libras esterlinas por ação, segundo fontes do setor. 

Completam o “time” dos ADRs brasileiros os recibos da Ultrapar (UGPA3, US$ 18,14, -1,25%), BRF (BRFS3, US$17,99, -0,51%), Gafisa (GFSA3, US$ 1,22, -3,94%) e Embraer (EMBR3, US$ 27,62, -1,74%).

Alta de juros e Ásia
A política monetária dos EUA segue no radar. O Federal Reserve tem levado autoridades de mercados emergentes a enfrentar crises repetitivas de volatilidade em suas moedas e de fluxos de capital, bem como a se preocuparem com as dívidas de seus países. Alguns formuladores de políticas, diante dessa incerteza, entregaram uma mensagem aos americanos no final de semana, enquanto autoridades estavam reunidas na capital peruana para o encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI): “Por favor, parem com a indecisão”. Há quem comemore o adiamento da alta dos juros e há autoridades que digam que o adiamento não irá adiantar. 

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O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, falando na reunião do FMI em Lima, Peru, disse que talvez a economia dos EUA esteja forte o suficiente para merecer um aumento das taxas de juros por volta do final do ano. Ele advertiu que os responsáveis pela política econômica estão monitorando os dados sobre empregos no país que estão chegando e ficarão de olho nos acontecimentos internacionais na hora de decidir o momento escolhido para decolar. As expectativas de um aumento das taxas no final de 2015 baseadas nos mercados aumentaram um pouco, para 38,8 por cento nesta manhã.

Já na Ásia, o Shanghai Composite Index da China fechou com uma alta de 3,3 por cento em meio à especulação de mais estímulo do governo para impulsionar a economia. Os mercados em toda a Ásia conseguiram manter os ganhos da semana passada, com uma alta de 0,8 por cento no MSCI Asia Pacific Excluding Japan Index às 16h13 em Hong Kong. Os mercados em Tóquio estiveram fechados por um feriado. 

(Com Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.