Índice de ADRs brasileiro recua 1% pressionado por Petrobras; Itaú “de lado” à espera pelo resultado

Dow Jones e S&P 500 caem diante da alta dos Treasuries; atividade industrial nos EUA decepciona

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Em dia sem atividades na Bolsa brasileira por conta do feriado de 1º de maio, o índice Brazil Titans 20, que reúne os principais ADRs (American Depositary Receipt) de empresas nacionais negociados em Wall Street, recuava 1,08%, aos 23.930 pontos, às 16h09 (horário de Brasília), acompanhando o movimento de queda do mercado norte-americano e do petróleo nesta manhã.

Os índices Dow Jones e S&P 500 recuavam 0,50% e 0,10%, respectivamente, seguindo com o movimento de queda do pregão passado e pressionados pela recuperação dos Treasuries de 10 anos, que voltam para a faixa de 3% com o início da reunião do Fed nesta terça-feira. A decisão oficial, que será na quarta-feira (2) às 15h00, está sendo muito aguardada por conta das sinalizações sobre o rumo da economia. Caso o BC norte-americano siga com o tom otimista e sinalize por uma aceleração da inflação, o mercado deverá elevar a probabilidade de aumento dos juros de 3 para 4 vezes este ano, o que implicaria em uma nova escalada dos Treasuries e uma menor aversão ao risco.

Neste sentido, o mercado estava na expectativa pelos dados da atividade industrial do país em abril, que decepcionaram os analistas, mas não foram capazes de alterar a trajetória de alta dos Treasuries. O ISM Index atingiu 57,3 pontos no último mês, enquanto a média das projeções do mercado apontava para 58,5 pontos. Além disso, destaque para a queda de 1,7% nos gastos com construção civil nos EUA em março, bem abaixo da expectativa de avanço de 0,5% dos analistas (veja mais aqui).

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Petrobras e Gerdau em queda

Depois da forte alta no mês passado, o petróleo inicia maio em queda de 1,6% em Nova York, aos US$ 67,50 por barril, na expectativa por um novo aumento dos estoques norte-americanos na última semana, relatório que será divulgado às 11h30 da próxima quarta-feira (2). Na segunda-feira, o Departamento de Energia dos Estados Unidos reportou um aumento na produção diária, que chegou à média recorde de 10,264 milhões de barris por dia.

Refletindo a queda da commodity, os ADRs da Petrobras (PBR.A) – referentes às ações preferenciais da estatal – registravam queda de 2,24%, a US$ 12,85, enquanto os PBR – que representam os papéis ordinários – recuavam 2,31%, a US$ 13,77. Destaque também para o setor siderúrgico após Donald Trump fechar acordo com o Brasil e mais quatro países para prorrogar até o dia 1º de junho a suspensão da sobretaxa de importação sobre o aço (25%) e o alumínio (10%). Como já possui fábricas nos EUA e uma restrição seria benéfica para a empresa, os ativos da Gerdau recuavam 2,14%, aos US$ 4,57.

Além disso, os vale chamar atenção para os ativos do Itaú, que chegaram a recuar mais de durante o dia, mas inciaram uma recuperação e neste momento operam praticamente estáveis, na expectativa pelo resultado do primeiro trimestre, que será publicado após o fechamento do pregão norte-americano. Os analistas esperam que o lucro líquido alcance R$ 6,37 bilhões no período, com a receita na casa de R$ 26,6 bilhões.

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Confira o desempenho dos principais ADRs brasileiros na NYSE:

Empresa ADR Variação Preço
CSN SID -0,80% US$ 2,49
Bradesco BBD -0,92% US$ 9,71
Santander BSBR -1,15% US$ 10,71
Itaú Unibanco ITUB -0,10% US$ 14,52
BRF BRFS +1,19% US$ 7,21
Ultrapar UGP -1,18% US$ 17,11
Sabesp SBS -0,45% US$ 9,94
Pão de Açúcar CBD -1,75% US$ 21,95
Gafisa GFA -1,95% US$ 6,67
Fibria FBR -0,79% US$ 19,39
Copel ELP -1,69% US$ 7,54
Ambev ABEV -0,91% US$ 6,56
Telefônica Brasil VIV +0,28% US$ 14,15
TIM Participações TSU -1,85% US$ 22,33
Embraer ERJ -0,02% US$ 25,21
Cemig CIG -1,05% US$ 2,36
Petrobras PBR.A -2,28% US$ 12,85
Vale VALE -2,49% US$ 13,49
Petrobras PBR -2,31% US$ 13,77
Gerdau GGB -2,14% US$ 4,57

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