Ibovespa sobe novamente, puxado por commodities; dólar fecha abaixo dos R$ 5

Altas dos preços do minério e do petróleo puxam índice brasileiro e dólar cai com aportes e carry trade

Felipe Moreira

(Getty Images)

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A bolsa brasileira abriu entre baixas e altas nesta segunda-feira (21), em linha com o exterior, onde as principais bolsas também operavam de lado. A forte valorização das commodities, porém, ajudaram o índice brasileiro a se firmar no campo positivo e o Ibovespa fechou em alta de 0,73%, aos 116.154 pontos, após oscilar entre 115.207 e 116.359 pontos. O volume financeiro foi de R$ 29,9 bilhões.

Juan Espinhel, da Invest Consultoria, explica que as empresas ligadas a commodities têm grande peso no Ibovespa. Assim, a bolsa brasileira vem conseguindo ganhar um pouco de espaço, apesar de outros setores menos representativos não performarem tão bem.

Segundo o especialista, a notícia que China vai voltar a estimular a economia levou o minério de ferro a disparar na sessão de hoje, o que foi muito positivo para a Vale (VALE3), que também possui peso bem relevante no índice.

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Do lado do petróleo, o tipo Brent teve alta de 7,96%, cotado a US$ 116,52, enquanto o óleo do tipo WTI subiu 7,27%, a US$ 116,52. As cotações disparam com países União Europeia avaliando seguir o exemplo dos EUA e suspender compras do petróleo russo.

Os destaques positivos ficaram com as ações da Petrobras (PETR4), que subiram 3,76%, seguidas pela 3R Petroleum (RRRP3) e Bradespar (BRAP4), com alta de 3,70% e 3,49%, respectivamente.

Do outro lado, os destaques negativos ficaram com Banco Inter (BIDI11) e Dexco (DXCO3) que recuaram, respectivamente, 8,88% e 4,42%, seguidas pela Braskem (BRKM5), com baixa de 3,79%.

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Segundo analistas da Ativa Investimentos, a curva de juros disparou, acompanhando a alta dos títulos americanos após a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Com isso, uma série de papéis de empresas de alto crescimento vêm sendo impactadas.

Já a moeda americana fechou abaixo do piso de R$ 5, com forte entrada de capital estrangeiro na bolsa, em busca do carry trade atrativo. O dólar à vista recuou 1,42%, a R$ 4,944, após oscilar entre R$ 4,931 e R$ 5,030.

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No aftermarket, às 17h14, a curva de juros sobe em bloco: DIF23, +0,47 pp, a 12,93%; DIF25, +1,28 pp, a 12,24%; DIF27, +0,80 pp, a 12,02%; DIF29, +0,04 pp, a 12,11%.

Em Wall Street, as ações recuaram em sessão volátil após o presidente do Fed, Jerome Powell, dizer que a inflação está muito alta e prometer tomar “medidas necessárias” para controlar os preços se as altas se perpetuarem. Ele observou que os aumentos das taxas podem passar dos movimentos tradicionais de 25 pontos-base para aumentos mais agressivos de 50 pontos-base, se necessário. Os comentários vieram menos de uma semana depois que o Fed elevou as taxas de juros pela primeira vez desde 2018.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,58%, aos 34.552 pontos. O S&P 500 caiu 0,04%, aos 4.461 pontos. O Nasdaq recuou 0,40%, aos 13.838 pontos.

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