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SÃO PAULO – O Ibovespa subia 1,77%, aos 86.606 pontos, às 10h56 (horário de Brasília) desta quarta-feira (16), em um movimento liderado pelas ações dos bancos, enquanto os investidores estão na expectativa pela reunião do Copom. Enquanto isso, o dólar segue com sua sequência de alta mesmo após o Banco Central da Argentina conseguir renovar suas dívidas e o clima de menor aversão ao risco.
Em evento aguardado pelo mercado, o BC argentino teve sucesso em renovar os US$ 27 bilhões de dívidas que venceriam na última terça-feira (15) e ainda emitiu mais US$ 200 milhões de títulos de dívida, em um sinal comemorado pelo governo como um “voto de confiança” do mercado na economia do país. Se o governo não conseguisse rolar suas dívidas, era esperada uma saída elevada de dólares do país, piorando ainda mais a situação econômica argentina e gerando uma nova onda de valorização do dólar.
Mesmo diante da notícia, o dólar futuro com vencimento em junho registrava valorização de 0,75%, aos R$ 3,686, seguindo com o movimento de alta engatilhado no mês passado. Enquanto isso, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2019 e 2021 operavam praticamente estáveis, cotados 6,33% e 8,46%, respectivamente, na expectativa pela decisão do Copom.
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Destaques do mercado
Do lado positivo, além das ações do setor financeiro, destaque para a recuperação dos papéis da Estácio depois da queda de 14% neste mês. Na ponta negativa, as ações da Eletrobras recuam em vista do resultado abaixo do esperado pelo mercado.
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
ESTC3 | ESTACIO PARTON | 27,24 | +4,41 | -16,23 | 9,46M |
VVAR11 | VIAVAREJO UNT N2 | 26,43 | +4,38 | +8,14 | 9,74M |
CMIG4 | CEMIG PN | 8,05 | +3,07 | +24,54 | 12,30M |
BRKM5 | BRASKEM PNA | 48,92 | +2,99 | +19,03 | 8,15M |
PETR3 | PETROBRAS ON N2 | 31,80 | +2,88 | +88,05 | 20,85M |
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
CSAN3 | COSAN ON | 39,95 | -0,99 | -0,97 | 6,92M |
SBSP3 | SABESP ON | 27,49 | -0,83 | -17,55 | 8,30M |
NATU3 | NATURA ON | 37,48 | -0,82 | +14,48 | 5,26M |
ELET3 | ELETROBRAS ON | 18,75 | -0,32 | -3,05 | 4,00M |
ELET6 | ELETROBRAS PNB | 21,70 | -0,28 | -4,41 | 3,39M |
* – Lote de mil ações 1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) |
Decisão do Copom
O grande destaque da agenda econômica doméstica fica para após o fechamento do mercado, quando o Banco Central divulga a decisão do Copom, amplamente esperada com um novo corte de 25 pontos-base na Selic, para 6,25% ao ano. Porém, esta projeção começou a ganhar contestações após a recente disparada do dólar, o que leva alguns analistas a defender que a autoridade monetária não reduza os juros agora.
A trajetória comportada da inflação e os sinais de atividade mais fraca do que o esperado são os motivos que ainda devem levar o BC cortar a Selic na reunião do hoje. Contudo, o fortalecimento global do dólar, que levou a autoridade monetária aumentar os swaps cambiais, faz com que alguns analistas defendam a manutenção do juro em 6,50% ao ano. Em relatório enviado aos clientes, Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs, não vê contradição entre corte da Selic e atuação com swaps se o objetivo do BC for apenas suavizar a volatilidade. Para Ramos, as pressões do câmbio e a instabilidade das Bolsas levarão o Copom a endurecer a linguagem, indicando que o ciclo de alívio chegou ao fim.
Ainda no âmbito doméstico, destaque para o resultado do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), que saiu de um avanço de 0,09% para uma retração de 0,74% durante a passagem de fevereiro para março, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo da expectativa dos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para queda de 0,30% no comparativo mensal da atividade econômica. Em base anual, o IBC-Br apontou retração de 0,66%, enquanto as projeções apontavam para um crescimento de 0,20%.
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IMTV
No Be-a-bá da Bolsa, a partir das 11h00, o analista da Carteira InfoMoney Thiago Salomão responde à pergunta sobre as novas gestoras do mercado: afinal, como saber se elas são confiáveis. Já a partir das 11h30 (horário de Brasília), a IMTV recebe o estrategista político Arick Wierson, para uma entrevista ao vivo. O norte-americano atuou na campanha vitoriosa de Michael Bloomberg para a prefeitura de Nova York e agora deseja ingressar no tumultuado mercado eleitoral brasileiro.
Notícias do dia
O noticiário eleitoral segue sendo destaque dos jornais. Segundo a coluna Painel, da Folha, com Geraldo Alckmin sob pressão e empacado nas pesquisas, auxiliares do tucano tentam convencê-lo a ampliar sua presença nas redes sociais e na imprensa, lançando novos produtos para canais de internet, como o YouTube, e aumentar o número de entrevistas a rádios. Os primeiros testes devem começar nesta semana.
Já o Estadão destaca que, beneficiados pelas duas últimas janelas de transferência partidária, o Podemos e o PP se uniram em uma ofensiva jurídica para que a distribuição do tempo de TV às legendas no horário eleitoral gratuito na campanha eleitoral não tenha como critério o tamanho das bancadas eleitas em 2014, como prevê a regra atual.
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Ainda ontem, o Plenário da Câmara dos Deputados encerrou sessão na qual se analisava requerimento para a votação, de uma só vez, dos destaques simples apresentados à medida provisória que permite à Pré-Sal Petróleo (PPSA) realizar diretamente a comercialização da parte de óleo devida à União na exploração de campos da bacia do pré-sal com base no regime de partilha.
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