Ibovespa segue ladeira abaixo e engata 5ª queda seguida; dólar sobe

Cautela com inflação nos Estados Unidos e novos lockdowns na China pressionaram desempenho da Bolsa brasileira

Felipe Moreira

Bolsa em queda (Crédito: Shutterstock)

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O principal índice da bolsa brasileira acelerou as perdas nas últimas horas do pregão desta quinta-feira (9) e teve a sua quinta sessão consecutiva em baixa, com investidores atentos a pressão global em combustíveis, dados de inflação e ao consequente impacto na política monetária dos bancos centrais.

No exterior, investidores se posicionam com cautela para aguardar a publicação da inflação dos Estados Unidos, que sai nessa sexta, com impacto no arranjo da alta de juros pelo Federal Reserve. Além disso, novos lockdowns na China, em Xangai, também trouxeram pessimismo, pressionando commodities.

Em Wall Street, as bolsas recuaram, com investidores preocupados com saúde da economia antes de um importante relatório de inflação na sexta-feira (10). Investidores aguardam para ver se a inflação atingiu o pico ou se o Federal Reserve precisará ser ainda mais agressivo para conter os aumentos de preços.

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O índice Dow Jones caiu 1,94%, aos 32.271 pontos. O S&P 500 recuou 2,38%, aos 4.017 pontos, enquanto o Nasdaq teve baixa de 2,75%, aos 11.754 pontos.

Por aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de maio teve alta 0,47%, abaixo das estimativas.

O Ibovespa caiu 1,18%, aos 107.145 pontos, após oscilar entre 107.067 e 108.510 pontos. O volume financeiro foi de R$ 24,7 bilhões.

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Com a situação na China, as ações do setor de mineração e siderurgia foram destaques negativos do Ibovespa. A CSN (CSNA3) foi a principal queda percentual, caindo 6,55%. A mineradora Vale (VALE3) foi o principal destaque negativo por peso no Ibovespa, caindo 3,38%.

Magazine Luiza (MGLU3) e Azul (AZUL4) também figuraram entre as maiores quedas recuando, respectivamente, 6,52% e 5,34%.

Segundo analistas da Ativa Investimentos, as ações da Azul e das demais companhias ligadas ao setor de turismo foram pressionadas pelo preço elevado dos combustíveis.

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As ações da Hapvida (HAPV3) e da SulAmérica (SULA11) foram os destaques positivos, subindo, respectivamente, 2,98% e 2,69%, seguidas pelas ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) com ganhos de, respectivamente, 2,14 e 2,09%.

Papéis da Hapvida e da SulAmérica subiram após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter decidido que planos de saúde não precisam cobrir procedimentos que estão fora da lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As ações da Eletrobras, por sua vez, avançam na esteira da precificação da nova oferta de ações da estatal.

O dólar fechou em alta de 0,52%, a R$ 4,915, depois de oscilar entre R$ 4,86 e R$ 4,92. A alta da divisa americana foi em meio a preocupações de aumento da inflação mundial e de desaceleração da economia global.

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No aftermarket, às 17h07, os juros futuros operam em queda, após IPCA de maio bem abaixo do esperado. O DIF23, -0,85 pp, a 13,38%; DIF25, -1,50 pp, a 12,50%; DIF27, -0,99 pp, a 12,48%; DIF29, -0,55 pp, a 12,61%.

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