Ibovespa reduz perdas, mas engata sexta baixa consecutiva; dólar salta novamente

Queda das commodities pressiona Ibovespa, que não acompanha recuperação do exterior

Felipe Moreira

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A bolsa brasileira abriu a sessão desta segunda-feira (25) em forte queda, chegando a perder o patamar dos 110 mil pontos. No entanto, fechou em leve baixa seguindo as bolsas americanas, que saíram do vermelho e fecharam no campo positivo.

O Ibovespa caiu 0,35%, aos 110.869 pontos, após oscilar entre 109.221 e 111.155 pontos. O volume financeiro foi de R$ 25,9 bilhões.

A melhora do otimismo nos EUA se deu, principalmente, puxada pelas companhias de tecnologia. O recuo dos rendimentos dos treasuries melhora a percepção para o setor, que foi impulsionado também pelo anúncio de que o bilionário Elon Musk comprou o Twitter (TWTR34).

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O principal índice da B3, no entanto, foi pressionado pelo recuo de papéis de empresas como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4), que acompanharam a queda das commodities no exterior.

Os papéis das siderúrgicas e mineradoras recuaram devido ao forte recuo do minério de ferro na China – – o contrato futuro da commodity caiu 10,73% no porto chinês de Dalian. Já as ações das companhias de petróleo acompanharam a queda de 3,33% do barril Brent para junho, negociado a US$ 103,10.

As ações da BRF (BRFS3) e CSN (CSNA3) foram os destaques negativos da sessão, recuando, respectivamente, 3,65% e 2,64%, seguidas das ações da Met. Gerdau (GOAU4), com perdas de 2,27%.

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Os destaques positivos, do outro lado, ficaram com as ações da Cogna (COGN3) e Petz (PETZ3) que subiram, respectivamente, 3,57% e 2,85%, seguidas pelas ações da Cemig (CMIG4), com ganho de 2,87%.

O dólar dólar fechou em alta de 1,47%, a R$ 4,875, após oscilar entre R$ 4,803 e R$ 4,949. Segundo Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest, a nova alta do dólar foi impulsionada pelo aumento do risco Brasil e a perspectiva de elevação de juros nos EUA para combater a inflação.

No aftermarket, às 17h06, os juros futuros recuam em bloco. O DIF23, -0,35 pp, a 12,94%; DIF25, -1,28 pp, a 11,99%; DIF27, -1,38 pp, a 11,80%; DIF29, -1,32 pp, a 11,92%.

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Em Wall Street, as bolsas apagaram as perdas e fecharam em alta nesta sessão, com nomes de tecnologia como a Microsoft se recuperando em meio à queda das taxas de juros. Temores com uma desaceleração econômica global em meio a surtos de Covid na China reduziram as taxas de juros. O rendimento do Tesouro de 10 anos recuou para o nível de 2,8%.

O índice Dow Jones subiu 0,71%, aos 34.052 pontos. O S&P 500 avançou 0,58%, aos 4.296 pontos, enquanto o Nasdaq teve alta de 1,29%, aos 13.004 pontos.

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