Ibovespa interrompe sequência positiva e fecha abaixo dos 114 mil pontos; dólar reage, mas segue abaixo de R$ 5,20

Risco de guerra no Leste Europeu trouxe sentimento de aversão ao risco aos mercados em todo o mundo

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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Após subir por sete pregões seguidos e atingir os 115 mil pontos, maior patamar em 5 meses, a Bolsa brasileira fechou em baixa acompanhando o mercado internacional que voltou a cair com os riscos de uma guerra entra Rússia e Ucrânia. Em meio a informações desencontradas sobre a presença do exército russo na fronteira ucraniana, as relações diplomáticas entre os países e os Estados Unidos estão ficando cada vez mais estremecidas. Também pesou sobre o índice a queda do minério de ferro e do petróleo.

O Ibovespa fechou em baixa de 1,43%, aos 113.528 pontos, após oscilar entre 113.389 e 115.214. O volume financeiro foi de R$ 28,3 bilhões. Leonardo Santana, especialista em ações da Top Gain, lembra que a entrada de capital estrangeiro foi principal catalisador para sequência de altas do Ibovespa, mas hoje acabou sendo ofuscado pela aversão ao risco nos mercados.

Para João Beck, economista e sócio da BRA, a queda de hoje ainda pode ser considerado como algo pontual, sem reverter a tendência principal.

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A maior alta do índice foi Totvs (TOTS3), com alta de 5,81%, repercutindo os números robustos do quarto trimestre de 2021. Marfrig (MRFG3) e EDP (ENBR3), que também divulgou resultados, vieram em seguinda, subindo 4,22% e 3,63%, respectivamente.

Os destaques negativos ficaram com as ações da CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) que caíram, respectivamente, 5,85% e 5,32%, seguidas por Metalúrgica Gerdau (GOAU4), em baixa de 5,39%. A forte queda do preço do minério de ferro na China por conta dos altos estoques do produto no país pressionou as ações de siderurgia e mineração que recuaram em bloco. Vale (VALE3) recuou 4,3%, maior queda diária em três meses.

O dólar reverteu a tendência de três dias em baixa em meio ao agravamento das tensões geopolíticas entre Rússia, Ucrânia e EUA As tensões aumentaram com a decisão da Rússia de expulsar o vice-embaixador dos EUA em Moscou, Bart Gorman e com as informações da Otan e dos EUA, de que a Rússia teria aumentado o número de soldados na fronteira.

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A moeda americana fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,166.

A curva de juros também subiu com sentimento de aversão ao risco: DIF23, +0,02 pp, a 12,38%; DIF25, +0,13 pp, a 11,46%; DIF27, +0,17 pp, a 11,34%; DIF29, +0,16 pp, a 11,48%.

Em Wall Street, os índices fecharam em forte queda com o risco de uma guerra iminente. O Nasdaq teve queda de 2,88%, aos 13.716 pontos. O Dow Jones recuou 1,78%, aos 34.311 pontos, enquanto o S&P 500 fechou em baixa de 2,12%, aos 4.380 pontos.

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