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Ibovespa futuro tem leve queda seguindo exterior, em dia de IPCA e ata do Copom; dólar e juros sobem

Índice futuro opera com leves perdas após benchmark da bolsa à vista ultrapassar 108 mil pontos na véspera

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta terça-feira (9), em linha com pré-mercado em Nova York e após o índice à vista superar os 108 mil pontos na véspera. Nesta data, os investidores buscam novas pistas para avaliar o ritmo do aperto monetário do Federal Reserve (Fed) dos EUA. O dia é de agenda econômica cheia no Brasil, com dados de inflação e ata do Copom.

Às 9h10 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento para agosto operava em baixa de 0,07%, aos 109.200 pontos.

O dólar comercial tinha alta de 0,13%, a R$ 5,119 na compra e R$ 5,120 na venda. O dólar futuro para agosto tinha alta de 0,04%, a R$ 5,147.

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A maioria dos juros futuros opera em alta: DIF23 (janeiro para 2023), 0,00 pp, a 13,72%; DIF25, +0,04 pp a 11,80%; DIF27, +0,01 pp, a 11,60%; e DIF29, +0,02 pp, a 11,82%.

No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho apresentou a primeira deflação em 26 meses e a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. O índice ficou em -0,68% em julho na comparação com junho.

Além do IPCA, a agenda doméstica contou nesta manhã com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), quando houve uma alta de juros em 0,5 ponto, para 13,75% ao ano.

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Em nota, a equipe econômica do banco ABC Brasil reforça que, segundo a ata, o Copom avaliará se a “perspectiva de manutenção” da taxa Selic por um “período suficientemente longo” assegurará a convergência do IPCA às metas. “Ou seja, entendemos que o Banco Central (BC) se mostra hoje propenso a manter a taxa Selic em 13,75% daqui em diante. Segundo o nosso cenário básico, ela deverá seguir neste nível ao menos até junho de 2023”, apontam os economistas.

Quanto ao IPCA projetado no 1T24 (primeiro trimestre de 2024), que incorpora os efeitos secundários das alterações tributárias recentes, o Comitê notou que a sua projeção está em nível confortável. Já para o ano-calendário de 2024, o IPCA projetado também se encontra ao redor da meta estipulada. “Ambas as afirmações corroboram a nossa leitura de que o atual ciclo de ajuste se encerrou neste mês”, destaca a análise.

Em Wall Street, os principais índices viraram para baixa com investidores aguardando pela última leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) de julho, previsto para amanhã (10), que deve trazer alguma clareza sobre o ritmo dos aumentos das taxas de juros do Fed, enquanto ele trabalha para conter a inflação, ou pelo menos desacelerá-la.

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O Dow Jones futuro recuava 0,12%, enquanto o futuro do S&P 500 caia 0,33% e o Nasdaq futuro operava com baixa de 0,65%.

Já as bolsas da Europa recuam com o foco nos mercados globais se voltando para uma importante leitura da inflação nos EUA na quarta-feira.

A safra de balanços também continuam a ser um fator-chave do movimento individual dos preços das ações na Europa, com Abrdn, IHG, L&G, Continental e Munich Re entre os que reportaram antes da abertura dos mercados.

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Do front econômico, as vendas no varejo do Reino Unido subiram 1,6% em julho, impulsionadas por uma onda de calor e vendas de roupas para clima quente, itens de piquenique e ventiladores elétricos, de acordo com um relatório do British Retail Consortium.

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida em dia tranquilo de indicadores, com os mercados continuando a digerir o relatório de empregos dos EUA da semana passada.

Os mercados de Cingapura e da Índia estão fechados por um feriado nesta terça-feira.

Os exercícios militares contínuos da China em torno de Taiwan não impactaram muito os mercados, de acordo com Tapas Strickland, economista do National Australia Bank.

Análise de Pamela Semezzato, analista de investimentos da Clear Corretora

Ibovespa

“Segue forte no movimento de alta e sem sinais de correções. Já se aproxima da resistência de 109.000 pontos e, se passar, a próxima resistência é o topo de junho, em 121.500 pontos”.

Dólar

“Fechou abaixo do ponto de suporte e fundo anterior de R$ 5,170, mas ainda sem uma barra muito expressiva de rompimento. Próximo alvo e suporte está na região de R$ 5,050 pontos e a extremidade inferior da lateralização está em R$ 4,800.”

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