Ibovespa Futuro tem leve baixa com repercussão do PIB, em dia de dados de emprego nos EUA

Falas do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, também estão no radar

Felipe Moreira

(GettyImages)

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O Ibovespa Futuro opera com ligeira queda nos primeiros negócios desta terça-feira (5), com repercussão ao produtor interno bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre, em dia de dados de emprego nos Estados Unidos.

O PIB subiu 0,1% no terceiro trimestre de 2023 ante o trimestre anterior, conforme informou nesta manhã o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com igual período de 2022, houve alta de 2,0%.

Os dados vieram acima do consenso LSEG de analistas, que esperava uma queda de 0,2% na comparação trimestral e uma alta de 1,9% na anual.

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Além disso, Roberto Campos Neto, presidente do BC, profere palestra em evento sobre digitalização da economia promovido pelo Jota a partir das 11h, e pouco depois tem reunião com parlamentares da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE) e representantes do Instituto Unidos Brasil (IUB).

Às 9h14, o índice futuro com vencimento em dezembro operava com baixa de 0,12%, aos 127.150 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa, com investidores à espera do relatório JOLTs, enquanto se preparam para o payroll de sexta-feira (8), que fornecerá dados sobre os rumos da política monetária americana.

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Os investidores esperam amplamente que o Fed mantenha as taxas inalteradas na reunião da próxima semana. Os futuros de taxas de juros sugerem uma probabilidade de 58% de o BC americano começar a cortar as taxas até março de 2024, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,29%, S&P Futuro recuava 0,43% e Nasdaq Futuro registrava baixa de 0,64%.

Dólar hoje

O dólar comercial operava com baixa de 0,08%, cotado a R$ 4,944 na compra e R$ 4,945 na venda, após a divisa subir mais de 1% ante o real na véspera, com o avanço dos rendimentos dos Treasuries.

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O dólar futuro (DOLF24) para janeiro subia 0,05%, indo aos 4,956 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, avançava 0,06%, a 103,78 pontos.

No mercado de juros, os contratos sobem em bloco. O DIF25 opera com baixa de 0,06 pp, a 10,38%; DIF27, +0,04 pp, a 10,18%; DIF29, +0,04 pp, a 10,62%; DIF31 +0,02 pp, a 10,89%.

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Exterior

Os mercados europeus operam mistos, à medida que parte do impulso que impulsionou um mês de novembro positivo diminuiu.

O Stoxx 600 caiu 0,10% no início das negociações, uma vez que os setores foram negociados de forma mista. As ações de petróleo e gás subiram 0,35%, enquanto as ações de mineração caíram 1,15%.

As ações de telecomunicações foram as que mais movimentaram, com a Ericsson subindo 9% depois de fechar um acordo com a AT&T para construir uma grande rede de telecomunicações usando a tecnologia ORAN, enquanto a Nokia despencou 9,7%.

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Ásia

Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão negativo, nesta terça-feira, com perda de mais de 1,5% em Xangai e de mais de 1% em Tóquio. Na Oceania, a Bolsa de Sydney também caiu, após o Banco Central da Austrália manter juros, mas não descartar novas altas, a depender do quadro nos indicadores.

A Bolsa de Xangai registrou baixa de 1,67%, em 2.972,30 pontos, encerrando na mínima do dia. A Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 1,95%, a 1.930,12 pontos. Temores sobre o crescimento da China influíram, mesmo após medidas recentes do governo para apoiar o quadro. Quase todos os setores encerraram no vermelho em Xangai, com ações de software e hardware entre os piores desempenhos. Beijing Kingsoft Office Software caiu 2,65% e iFlytek teve baixa de 3,85%.

Após o fechamento chinês, a Moody’s reafirmou o rating da China em A1, mas alterou a perspectiva de estável para negativa. A agência alertou para o endividamento de governos locais e estatais, que para ela fará com que o governo central tenha de apoiá-los, com potencial piora no quadro fiscal.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei caiu 1,37%, a 32.775,82 pontos. Ações de tecnologia estiveram sob pressão. Disco Corp. recuou 5,6% e Advantes, 6,0%, enquanto Screen Holdings caiu 5,4%, entre os papéis mais pressionados no Nikkei.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng 1,91%, em 16.327,86 pontos.

Commodities

Os preços do petróleo sobem em meio à incerteza sobre os cortes voluntários de produção por parte da OPEP+ e à medida que a tensão contínua no Médio Oriente estimulava preocupações com a oferta.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com baixa, devido aos temores persistentes da supervisão dos mercados pela China para garantir a estabilidade de preços, embora analistas tenham alertado que a tendência de queda pode ser de curta duração.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para janeiro, SZZFF4, subiu 0,4%, para US$ 128,88 por tonelada.