Ibovespa Futuro sobe com notícia de que EUA estão mais perto de acordo com a China; dólar cai

Pré-market indica dia de alta graças a um arrefecimento na guerra comercial, que aumentou a aversão ao risco dos investidores nos últimos dias

Ricardo Bomfim

Gráfico de ações (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quarta-feira (4) após notícia da Bloomberg de que os EUA e a China estão chegando mais perto de um acerto em relação às tarifas que seriam revertidas em um acordo comercial da primeira fase, mesmo diante das tensões em Hong Kong e Xinjiang, segundo pessoas familiarizadas com as negociações.

Segundo a reportagem, os comentários da véspera de Trump subestimando a urgência de um acordo não deveriam ser entendidos como um indicativo de que as negociações estão paralisadas. Uma fonte disse que a legislação americana que busca sancionar autoridades chinesas por questões de direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang não deve afetar as negociações.

Às 9h17 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para dezembro tem alta de 0,49%, a 109.685 pontos. Já o dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava queda de 0,39%, a R$ 4,194. O dólar comercial, por sua vez, tem leve baixa de 0,16%, a R$ 4,1992 na venda.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai cinco pontos-base a 4,67% e o DI para janeiro de 2023 recua cinco pontos, para 5,84%.

Entre os indicadores, a produção industrial brasileira cresceu 0,8% em outubro frente a setembro, um pouco abaixo das expectativas dos economistas compiladas no consenso Bloomberg, de 0,9%. Na comparação com outubro de 2018 (série sem ajuste sazonal), a indústria avançou 1,0%, após alta de 1,1% em setembro.

Apesar de terem melhorado as relações com a China, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, ressaltou que o governo Trump não descarta a imposição de tarifas sobre automóveis importados da Europa. Ele não anunciou uma decisão em novembro sobre a imposição de taxas adicionais sobre carros na região.

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Os mercados refletem a possibilidade da França e da União Europeia promoverem retaliações aos EUA como consequência da imposição de tarifas sobre produtos franceses.

Noticiário corporativo

A Petrobras pretende fazer uma nova oferta para vender a fatia que ainda detém na BR Distribuidora, disse Roberto Castello Branco, presidente da estatal, em entrevista ao Valor Econômico. A previsão é que a oferta aconteça ainda em 2020.

O executivo disse que o plano estratégico da companhia, anunciado na semana passada, não faz menção à taxa de câmbio por ser extremamente difícil fazer uma previsão.

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A Câmara aprovou a urgência e pode votar nesta quarta novo marco legal do saneamento, segundo o site da casa. O relator da proposta, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), espera que o texto seja aprovado.

Contudo, a resistência de parlamentares da bancada nordestina e de deputados de centro sobre o texto pode frustrar as tentativas de o projeto ser votado ainda nesta semana pelo plenário da Câmara, adiando a apreciação para a próxima semana.

Além disso, haverá a definição do preço por ação em oferta primária de Lojas Marisa. A C&A Modas, por sua vez, teve a sua cobertura iniciada pelo Morgan Stanley e Bradesco BBI com recomendação equivalente à compra. A Hapvida acertou a aquisição da Medical por R$ 294 milhões.

(Com Agência Câmara, Agência Brasil e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.