Ibovespa Futuro sobe com atenção a fala de membros do BC, taxa de desemprego e dados da China no radar

Mercado ainda aguarda a divulgação das vendas no varejo nos EUA

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com leve alta nos primeiros negócios desta terça-feira (15), com investidores atentos a falas de membros do Banco Central e do governo, enquanto exterior repercute dados decepcionantes da China.

Roberto Campos Neto, presidente do BC, profere palestra em almoço com parlamentares da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE) e representantes do Instituto Unidos Brasil (IUB), em Brasília.

Já o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, participa de dois eventos, marcados para 10h30 e 12h30.

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Também devem ser acompanhados de perto o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Os investidores devem ainda ficar de olho na relação entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Haddad disse na véspera que ligou para Lira para fazer um esclarecimento após declarar em entrevista que a Câmara dos Deputados estaria com poder muito grande.

Em meio a isso, a taxa de desocupação do país no 2º trimestre de 2023 foi de 8,0%, caindo 0,8 ponto percentual ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 pp frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%).

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No radar corporativo, além da intensa temporada de resultados, a Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou que elevará em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro, ou um aumento de 16,27%. Para o diesel, a estatal aumentará em R$ 0,78 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,80 por litro, ou avanço de 25,83%.

Às 9h17 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto operava com ganhos de 0,22%, a 116.965 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros operam com baixa nesta terça, véspera da ata do Fomc, com agentes do mercado à espera das vendas do varejo americano.

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Os dados de preços de importação e exportação para o mês, juntamente com o índice NAHB do mercado imobiliário de agosto, também estão previstos hoje.

A gigante do varejo Home Depot divulgou seus resultados trimestrais nesta terça-feira. A companhia superou as expectativas de lucros na terça-feira, mas registrou uma queda de 2% nas vendas ano a ano, pois os clientes permaneceram cautelosos com grandes compras e grandes projetos.

Foi a primeira vez em três trimestres que a varejista de materiais de construção superou as expectativas de receita de Wall Street.

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Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,79%, S&P Futuro tinha baixa 0,79% e Nasdaq Futuro operava com queda de 0,65%.

Dólar

O dólar comercial opera com alta de 0,11%, cotado a R$ 4,970 na compra e R$ 4,971. Já o dólar futuro para setembro avançava 0,20%, equivalente a R$ 4,991.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 12,44%; DIF25, -0,04 pp, a 10,42%; DIF26, -0,04 pp, a 9,92%; DIF27, -0,04 pp, a 10,10%; DIF28, -0,06 pp, a 10,40%; DIF29 -0,06 pp, a 10,62%.

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Exterior

Os mercados europeus operam sem direção única, com investidores avaliando o crescimento dos salários no Reino Unido e o aumento das taxas na Rússia.

O banco central da Rússia elevou as taxas de juros em 350 pontos-base, para 12%, em uma reunião de emergência, enquanto Moscou procura estabilizar a rápida queda da moeda do país.

Os salários médios mensais no Reino Unido, excluindo bônus, aumentaram 7,8% em julho em relação ao mesmo período do ano passado. O número é a maior taxa de crescimento anual desde que registros comparáveis ​​começaram em 2001.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, à medida que investidores digeriam dados vindos da China e do Japão.

Na China, o Banco Popular surpreendeu o mercado e cortou a taxa de seus empréstimos de um ano para 2,5% nesta terça-feira, de forma a fortalecer a economia. O anúncio foi feito pouco antes de o país apresentar novos dados decepcionantes da atividade econômica.

Os números da produção industrial e das vendas no varejo da China para julho ficaram abaixo das expectativas, enquanto o investimento em ativos fixos também aumentou a um ritmo mais lento do que o esperado, e o desemprego urbano aumentou.

A produção industrial aumentou 3,7% na comparação anual, abaixo dos 4,4% esperados pelos economistas consultados pela Reuters. No acumulado do ano, a produção industrial aumentou 3,8% em relação ao ano anterior.

Separadamente, as vendas no varejo na China cresceram 2,5% em relação ao ano anterior, com vendas totais no varejo atingindo 3,68 trilhões de yuans em julho, abaixo da taxa de crescimento de 4,5% esperada pela pesquisa da Reuters.

Já o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 6% em base anualizada nos três meses encerrados em junho, superando as expectativas de uma expansão de 3,1% de economistas consultados pela Reuters.

Na comparação trimestral, o crescimento foi de 1,5% no segundo trimestre, quase o dobro dos 0,8% esperados.

Os preços do petróleo operam com leve baixa, devido às preocupações com a recuperação econômica hesitante da China.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com alta, após o Banco Popular da China anunciar cortes nas taxa de juros do País.