Ibovespa Futuro sobe após China cortar tarifas contra os EUA; dólar cai e DIs avançam com Copom

Pré-market indica dia de ganhos conforme o acordo comercial China/EUA ofusca o noticiário sobre coronavírus

Ricardo Bomfim

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro sobe nesta quinta-feira (6) depois da China cortar de 10% para 5% as tarifas de importação sobre alguns produtos americanos e de 5% para 2,5% para as mercadorias de outras categorias.

A redução nas taxas, que foram impostas em setembro de 2019 no âmbito da guerra comercial, beneficia um total de US$ 75 bilhões em produtos dos Estados Unidos. Em contrapartida, no dia 14, os EUA vão cortar de 15% para 7,5% as tarifas sobre US$ 150 bilhões em produtos chineses.

A notícia de redução de tarifas animou os mercados ao se somar à esperança de contenção do coronavírus após notícias de possíveis desenvolvimentos de vacina do coronavírus. A doença já infectou 28 mil pessoas e matou 560. Apesar do avanço no número de casos gerar temores, especialistas dizem que é algo natural, visto que há mais de 50 mil casos suspeitos de coronavírus na China e mesmo que não haja mais nenhuma transmissão as estatísticas de infectados devem aumentar conforme saem os resultados de exames sobre todos as pessoas com suspeita de estarem com o vírus.

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Às 09h18 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para fevereiro subia 0,48% a 116.940 pontos, já o dólar futuro para março cai 0,52% a R$ 4,2185.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 tem alta de oito pontos-base a 5,00%, o DI para janeiro de 2023 avança seis pontos-base a 5,50% e o DI para janeiro de 2025 ganha dois pontos-base a 6,09%.

No cenário brasileiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic para novo piso histórico de 4,25%, surpreendendo com comunicado hawkish que anuncia interrupção dos cortes, citando efeitos defasados e peso crescente da meta de 2021.

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O Copom cortou a Selic pela quinta vez seguida, desta vez em 0,25 ponto percentual, para 4,25%, a menor taxa básica de juros da história. No comunicado, a autoridade monetária indicou o fim do ciclo de redução de juros, afirmando que “vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”.

Mario Mesquita, do Itaú, destacou que o BC deve manter taxa inalterada em 4,25% até fim do ano; Copom utilizou “interromper” ao invés de “finalizar”, o que indica que pode, eventualmente, em circunstâncias apropriadas, revisitar a questão.

No radar corporativo, o BNDES informou que embolsou R$ 22 bilhões com a venda das ações da Petrobras, maior valor em uma transação no mercado de capitais do país em uma década.

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Noticiário corporativo 

A Localiza Hertz, maior locadora de carros do Brasil, fará uma emissão de debêntures no valor de R$ 1 bilhão, com vencimento para 2025. A empresa decidiu realizar a emissão após reunião do Conselho na sede, em Belo Horizonte (MG). Já a Sanepar, Companhia de Saneamento do Paraná, também planeja realizar uma emissão de debêntures em breve, no valor de R$ 350 milhões. Os papéis terão vencimentos em 2027 e 2029.

O BNDES arrecadará R$ 22 bilhões com a venda das ações da Petrobras, informou a Folha de S. Paulo. Em oferta concluída ontem, os investidores se comprometeram a pagar R$ 30 por ação. É a maior operação de venda de ações ocorrida no Brasil em uma década, em termos nominais. O maior valor foi registrado em 2010, quando a Petrobras levantou R$ 120,3 bilhões no mercado de capitais.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.