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Ibovespa Futuro recua na contramão de Wall Street, após semana de forte alta; eleições e dados da China no radar

Investidores ficam de olho na divulgação do balanços das big techs americanas nesta semana, assim como desdobramentos da última semana pré-eleições

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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Depois do índice à vista subir mais de 7% na semana passada, puxado por ações sensíveis ao processo eleitoral e com a aproximação entre os candidatos nas pesquisas eleitorais, o Ibovespa Futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (24).

A bolsa brasileira opera no sentido oposto do pré-mercado dos Estados Unidos e das bolsas da Europa. Às 9h15 (horário de Brasília), o contrato para dezembro tinha baixa de 1,21%, aos 120.975 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros viraram para alta após abrirem em ligeira queda, com investidores aguardando pela divulgação dos balanços das big techs americanas: Apple, Amazon, Microsoft e Alphabet irão divulgar os resultados do terceiro trimestre.

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Até o momento das 99 empresas do S&P 500, que já reportaram seus resultados, 75% superaram as expectativas de lucro do consenso, segundo a Refinitiv.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,75%, S&P Futuro avançava 0,72% e Nasdaq Futuro tinha alta de 0,45%.

No câmbio, o dólar comercial apaga parte das perdas da semana passada, quando caiu 3,05% em relação ao real, e subia 1,50%, cotado a R$ 5,225 na compra e R$ 5,226 na venda. Já o dólar futuro para outubro tinha alta de 1,07%, a R$ 5,226.

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Com relação a curva de juros, os contratos futuros mantêm tendência da véspera e operam majoritariamente em alta. O DIF23 (janeiro para 2023) fica estável a 13,68%; DIF25, tem alta de 0,08 ponto percentual (pp), a 11,72%; DIF27, +0,09 pp, a 11,58%; e DIF29, +0,09 pp, a 11,72%.

Os investidores repercutem ainda os dados mistos da China. O Produto Interno Bruto (PIB) superou as projeções, mas os dados de varejo e de emprego decepcionaram.

A China cresceu 3,9% em relação ao ano anterior, superando a previsão de 3,4%, e mais rápido do que o crescimento de 0,4% em o segundo trimestre. No entanto, a demanda doméstica diminuiu no final do trimestre, à medida que um surto de casos de coronavírus levou a bloqueios, enquanto o crescimento das exportações desacelerou e o principal setor imobiliário esfriou ainda mais, apontando para uma recuperação difícil. E a China parece pronta para continuar com suas políticas rígidas de COVID endossadas pelo Partido Comunista.

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As ações de Hong Kong caíram para mínimas de 13 anos e o iuan onshore despencou para o nível mais fraco em quase 15 anos nesta segunda-feira, quando investidores globais dispensaram ativos chineses depois que a nova equipe de liderança de Xi Jinping levantou temores de que o crescimento será sacrificado por políticas orientadas pela ideologia. Xi assegurou um terceiro mandato de liderança sem precedentes.

Exterior

Os mercados europeus operam em alta, enquanto o Partido Conservador do Reino Unido escolhe um novo primeiro-ministro após a renúncia de Liz Truss na semana passada. O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson informou neste domingo (23) desistiu da disputa ao posto de próximo líder.

Os rendimentos do título de 10 anos do Reino Unido estão sendo negociados em seu nível mais baixo desde o mini-orçamento, que jogou os mercados em turbulência em 23 de setembro.

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O presidente francês Emmanuel Macron e a nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, realizaram conversas informais no domingo em sua primeira reunião juntos, enquanto a Alemanha ainda está contemplando sua estratégia de preço do gás.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, com destaque para o Índice Hang Seng, de Hong Kong, que caiu 6,36%, para 15.180,69 pontos, impactado por uma combinação de fatores, incluindo maiores rendimentos do Tesouro dos EUA.

O chinês Xi Jinping assegurou seu terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista Chinês neste domingo, algo sem precedentes, e introduziu um órgão governamental de alto escalão repleto de partidários seus, consolidando seu lugar como o governante mais poderoso do país desde Mao Zedong.

O líder do Partido Comunista de Xangai, Li Qiang, subiu depois de Xi no palco do Grande Salão do Povo depois que o novo Comitê Permanente do Politburo foi apresentado, o que o coloca na fila para se tornar primeiro-ministro chinês assim que Li Keqiang se aposentar em março.

O produto interno bruto (PIB) da China cresceu 3,9% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, acima da projeção de analistas consultados pela Reuters que esperavam crescimento de 3,4%.

Os mercados de Cingapura, Malásia e Índia estão fechados por conta de um feriado nesta segunda-feira. No final desta semana, o Banco do Japão se reunirá, enquanto Cingapura e Austrália devem divulgar dados de inflação.