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Ibovespa futuro opera em queda, seguindo clima de cautela global; dólar avança mundialmente

Temor de aperto monetário mais forte do que o esperado faz investidores se posicionarem com cautela em todo o mundo

Vitor Azevedo

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O Ibovespa futuro opera em queda no pré-mercado desta terça-feira (20). Às 9h30, o contrato futuro do principal índice da Bolsa brasileira caía 0,88%, aos 112.475 pontos, acompanhando os principais benchmarks internacionais.

Em Nova York, os futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq registram leves quedas de, respectivamente, 0,55%, 0,64% e 0,73%. Investidores, por lá, estão cautelosos, aguardando a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) sobre a taxa de juros desta quarta-feira.

“As expectativas de investidores com relação ao que deve ser uma semana marcada por uma sequência de apertos monetários mantêm o tom de cautela nos mercados nesta terça-feira”, explicam os especialistas da Guide investimentos, em seu morning call.

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Índices acionários recuam, o dólar avança, os juros têm manhã de abertura e as commodities se movimentam sem direção única”, completam.

Ainda nos Estados Unidos, os treasuries yields registram um novo dia de alta – a taxa do título de  dez anos vai a 3,545%, subindo 5,6 pontos-base, e a do título dois anos avança dois pontos, a 3,966%.

Na Europa, a mesma tendência de alta da curva de juros – aguçada após o índice de inflação ao produtor alemão avançar 7,9% em agosto na base mensal, maior alta da série histórica, que começa em 1949.

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O título do tesouro alemão com vencimento em dois anos sobe 11,7 pontos-base, a 1,715%, e o para dez anos vai a 1,907%, com alta de 11,8 pontos.

O DAX, da Alemanha, cai 0,77%, o FTSE, do Reino Unido, 0,11%, e o CAC 40, da França, recua 0,93%. O STOXX 600, de toda a zona do euro, tem baixa de 0,58%.

Com a cautela global, o DXY, índice que mede a força do dólar frente a outras divisas de países desenvolvidos, sobe 0,22%, aos 109,98 pontos.

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Frente ao real, a moeda americana sobe 0,97%, a R$ 5,214 na compra e a R$ 5,215 na venda.

A curva de juros brasileira segue a tendência internacional – as taxas dos DIs para 2023 ganham um ponto-base, a 13,77%, e as dos DIs para 2025, seis pontos, a 11,99%.

Os yields DIs para 2027 e 2029 sobem, respectivamente, seis e cinco pontos, a 11,63% e 11,73%. Os rendimentos dos DIs para 2031 avançam quatro pontos, para 11,81%.

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Na Ásia, os principais índices fecharam em alta. Por lá, foi destaque o fato de a China ter mantido sua taxa de juros de referência inalterada, em 3,65%, na noite de ontem.

O Nikkei, do Japão, subiu 0,44%. O Shanghai, a China continental, avançou 0,22%. O HSI, de Hong Kong, teve alta de 1,16%.

O petróleo Brent sobe 0,03%, a US$ 92,01 o barri, e o minério de ferro caiu 3,06%, a US$ 99,25.

Análise de Pamela Semezzato, analista de investimentos da Clear Corretora

IBOV: “Mais um vez não conseguiu romper o suporte de 109.000 pontos e ainda segue na lateralização que começou dia 15/08. Próxima resistência: 114.200 pontos e suporte em 109.000 pontos, para definição de um novo movimento forte, precisamos aguardar romper uma dessas extremidades.”

DÓLAR: “Testou o topo da lateralização e não conseguiu romper. Movimento vendedor forte ainda, mas ainda sem definição de tendência. Precisa romper o fundo de 5.100 pontos ou romper o topo de 5.300 pontos para um movimento direcional mais forte.”

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