Ibovespa Futuro cai às vésperas de inflação aqui e nos EUA; reunião de Lula e Prates no radar

Dados de inflação, empregos, varejo e serviços na agenda da semana

Felipe Moreira

B3 (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta segunda-feira (11), com atenções voltadas para os desdobramentos do encontro do presidente Lula com Jean Prates, CEO da Petrobras, às 15h (horário de Brasília). Este será o primeiro encontro dos dois após a petrolífera informar na quinta que não iria distribuir dividendos extraordinários, levando a uma forte baixa das ações na sexta.

Na frente de dados, o Instituto Nacional de Estatística (IBGE) divulga amanhã o IPCA de fevereiro. Importantes indicadores de atividade econômica também estão na agenda brasileira desta semana. A criação formal de empregos (Caged) em janeiro será divulgada na quarta-feira, enquanto as vendas no varejo serão publicadas na quinta-feira e a produção do setor de serviços na sexta-feira.

Às 9h10 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com desvalorização de 0,64%, aos 127.515 pontos.

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Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam em baixa, em início de semana marcada por dados de inflação que testarão a convicção do mercado de que o Federal Reserve (Fed) está cada vez mais perto de iniciar o ciclo de corte de juros na maior economia do mundo. Os índices de preços ao consumidor e ao produtor de Fevereiro – que serão divulgados na terça e quinta-feira, respectivamente – surgem depois do relatório surpreendentemente positivo de janeiro ter frustrado as esperanças de que o caminho em direção à meta de 2% do Fed seria fácil.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,29%, S&P Futuro recuava 0,26% e Nasdaq Futuro registrava queda de 0,32%.

Dólar e mercado externo

O dólar comercial opera com alta de 0,03%, cotado a R$ 4,983 na compra e R$ 4,984 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,13%, indo aos 4.998 pontos.

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No mercado de juros, os contratos futuros operam com forte alta. O DIF25 opera alta de 0,01 pp, a 9,90%; DIF26, +0,01 pp, a 9,76%; a DIF27, +0,04 pp, a 10,01%; DIF28, +0,04 pp, a 10,28%; DIF29 +0,03 pp, a 10,47%.

Os preços do petróleo operam em alta após abertura negativa, em meio a preocupações com a lenta procura na China, embora o risco geopolítico persistente em torno do Médio Oriente e da Rússia tenha limitado o declínio.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em forte baixa, com preocupações renovadas sobre o apetite da China pela commodity, o que pode ser um peso para as ações da Vale.

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As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com ganhos na China após novos dados de inflação e perdas em Tóquio após revisão do Produto Interno Bruto (PIB) japonês. No fim de semana, pesquisa oficial mostrou que os preços ao consumidor chinês subiram 0,7% na comparação anual de fevereiro, depois de caírem nos quatro meses anteriores. A última leitura ajudou a abafar temores de deflação na segunda maior economia do mundo.

Em Tóquio, o índice Nikkei teve expressiva queda de 2,19%, a 38.820,49 pontos, após revisão para cima do PIB do Japão reforçar expectativas de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) irá começar a apertar sua política monetária ultra-acomodatícia.

Os mercados europeus operam no campo negativo, após quedas na região Ásia-Pacífico durante a noite, enquanto se preparam para dados de inflação americano ao longo da semana. O índice Stoxx 600 caiu 0,4% no início das negociações, com as ações de tecnologia caindo mais de 2%.