Ibovespa Futuro acompanha pessimismo externo e opera com baixa após dados de China e Europa

Investidores locais monitoram falas do presidente do BC, Campos Neto, e do presidente Lula

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com baixa nesta terça-feira (5), acompanhando desempenho negativo dos mercados externos, após dados da China e Europa mostrarem desaceleração da economia global.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da China registrou recuo durante o mês de agosto. O PMI de serviços do país ficou em 51,8, apontando para uma desaceleração econômica. O número foi bem abaixo do que o esperado pelo mercado.

Já produção industrial teve queda de 0,6% em julho ante junho, mais forte que a esperada pelo consenso de mercado. Agora investidores aguardam pelo Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços de agosto, às 10h.

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Enquanto isso, investidores acompanham falas de Lula em sua entrevista semanal ao programa “Conversa com o Presidente”, antes de participar com ministros de cerimônia pelo Dia da Amazônia, às 15h.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, faz palestra na Conferência Anual Julius Baer 2023. Na véspera, o presidente o BC disse que as surpresas positivas observadas no crescimento econômico do Brasil no período recente podem ter origem em ganhos de eficiência gerados por reformas estruturais [go.refinitiv.com] feitas no país nos últimos anos.

Às 9h19, o índice futuro com vencimento em outubro operava com valorização de 0,71%, a 118.580 pontos.

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Nos EUA, os índices futuros operam com baixa, no retorno do feriado do Labor Day e às vésperas do Livro Bege do Fed.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro recuava 0,04%, o S&P Futuro tinha queda 0,30% e Nasdaq Futuro operava com desvalorização de 0,29%.

Dólar

O dólar comercial opera com alta de 0,52%, cotado a R$ 4,960 na compra e R$ 4,961 na venda. Já o dólar futuro para outubro subia 0,43%, equivalente a R$ 4,981.

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No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta, com exceção da ponta mais curta. O DIF24 (janeiro para 2024) opera baixa de 0,01pp, a 12,37%; DIF25, +0,01 pp, a 10,61%; DIF26, +0,04 pp, a 10,26%; DIF27, +0,07 pp, a 10,46%; DIF28, +0,08 pp, a 10,74%; DIF29 +0,09 pp, a 10,92%.

Exterior

Os mercados europeus operam em queda generalizada, com investidores digerindo dados econômicos da região.

A atividade empresarial da zona euro caiu em agosto à taxa mais acentuada em quase três anos, de acordo com os números finais do Índice Global de Gestores de Compras HCOB/S&P divulgados na terça-feira. O índice composto de produção do PMI foi impresso em 46,7, abaixo de uma leitura preliminar de 47.

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As vendas totais no varejo do Reino Unido aumentaram 4,1% nas quatro semanas até 26 de agosto, acima do crescimento médio de três meses de 3,6% e em comparação com o crescimento de 1% em agosto de 2022.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse na véspera que será “crítico” para os bancos centrais fixarem as suas metas de inflação num período em que as flutuações nos preços da energia e a atividade geopolítica são tidas em conta, informou a Reuters.

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com baixa em sua maioria, à medida que investidores digeriam dados da atividade empresarial e inflação da região.

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A taxa de inflação da Coreia do Sul em agosto foi superior ao esperado, em 3,4%, e os investidores também avaliaram as leituras do índice de gestores de compras da China, Índia e Hong Kong.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu mais de 2%, puxado pelas ações do setor de saúde e imobiliário, enquanto os mercados da China continental também estão em território negativo, com o Shanghai SE caindo 0,71%.

O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços Caixin da China caiu para 51,8 em agosto, de 54,1 em julho, disseram o grupo de mídia Caixin e a S&P Global nesta terça-feira. Esse é o nível mais baixo em oito meses, sinalizando que o crescimento do setor dos serviços pode ter perdido força.

Já o Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,09%, enquanto o Nikkei 225, do Japão, reverteu perdas e subiu 0,3%, fechando em 33.036,76 pontos, marcando uma seqüência de sete dias de vitórias e a primeira vez que o Nikkei ultrapassou a marca de 33.000 pontos desde 1º de agosto.

Os preços do petróleo operam com baixa, uma vez que o otimismo com as medidas da China para sustentar sua economia diminuiu, compensando as expectativas de uma extensão dos cortes de oferta por parte dos dois principais membros da OPEP+, Arábia Saudita e Rússia.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em queda, com traders avaliando as medidas da China para reanimar seu setor imobiliário em dificuldades ante o impacto dos prováveis ​​controles de produção de aço sobre a demanda pelo ingrediente siderúrgico.