Ibovespa futuro abre em queda, em dia de cautela com investidores aguardando ata do Fomc

Investidores aguardam publicação que traz mais informações sobre a leitura do diretores do Fed sobre a economia mundial

Vitor Azevedo

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O Ibovespa futuro opera em queda durante o início do pregão desta quarta-feira (16). O contrato com vencimento em março recua 0,25%, aos 114.900 pontos às 9h24 (horário de Brasília), acompanhando das principais bolsas internacionais, que também têm tendência de baixa.

Hoje, a cautela nas bolsas americanas está mais associadas à espera da publicação de dados macroeconômicos, principalmente a da ata do último Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), divulgada às 16h, que trará mais informações sobre a última decisão quanto à política monetária do Federal Reserve (Fed).

“Hoje, o destaque será a divulgação da ata do comitê de política monetária dos EUA (FOMC) de janeiro, que deve reafirmar o tom duro do Fed”, comenta a XP Investimentos, em seu morning call. “O documento do Federal Reserve pode oferecer pistas sobre os novos passos da política monetária no país. Espera-se um ritmo intenso de retirada dos estímulos monetários, especialmente depois dos resultados mais fortes do mercado de trabalho e dos números da inflação em janeiro”.

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Os dados da indústria e do varejo americanos, marcados para sair pela manhã, importam pelo mesmo motivos – sinais de uma economia mais ou menos aquecida acabam guiando os diretores da instituição.

Os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e da Nasdaq recuam, respectivamente, 0,13%, 0,09% e 0,02%.

Na Ucrânia, as tensões diminuíram desde ontem, após a Rússia afirmar que retiraria parte das suas tropas da fronteira. Os alertas emitidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) pela manhã de que Vladimir Putin não retirou soldados da região (pelo contrário, teria aumentado) não pesam no sentimento do mercado por enquanto.

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“As tensões Rússia-Ucrânia diminuíram depois que Moscou disse que algumas tropas foram chamadas de volta da fronteira. O presidente americano Joe Biden vê espaço para uma solução diplomática para a crise, mas adota um tom cauteloso”, pontuam os analistas da XP.

Os índices da Europa, região que seria muito mais exposta no caso de uma possível guerra, operam sem direção exata. O DAX, da Alemanha, avança 0,08%. O CAC 40, da França, sobe 0,07%. O STOXX 600, de todo o continente, tem alta de 0,06%.

O FTSE, do Reino Unido, é o único que cai entre os mais relevantes, com baixa de 0,25%. O país divulgou, mais cedo, que sua inflação ao consumidor recuou menos do que o esperado em janeiro, caindo 0,10%, ante 0,20% esperados.

“Os preços ao consumidor britânico subiram ao maior valor em quase 30 anos, reforçando as chances de o Banco da Inglaterra aumentar as taxas de juros pela terceira reunião consecutiva”, explica a XP.

Na Ásia, que não surfou a onda da diminuição das tensões ontem pelo fato de suas bolsas já estarem fechadas quando as notícias foram divulgadas, subiu hoje com maior vigor – o Nikkei, do Japão, teve alta de 2,22%, o HSI, de Hong Kong, avançou 1,49% e o Kospi, da Coréia do Sul, 1,99%

Foi destaque ainda na região a notícia de que a inflação em janeiro na China avançou menos do que o esperado, com alta de 0,40% ante 0,50% do consenso. O índice Shanghai, da China continental, subiu 0,57%.

“O arrefecimento da inflação pode abrir espaço para o Banco Popular da China (PBOC) ampliar os estímulos da política monetária, indo em direção contrária aos principais bancos centrais”, pontua.

Mesmo com o maior espaço para novos estímulos, o minério de ferro voltou a cair nos portos chineses – em Dalian, o preço da tonelada recuou 1,10%, a U$$ 113,56. O petróleo, por outro lado, avança, a despeito das menores tensões na Ucrânia – o preço barril Brent para abril sobe 1,54%, a US$ 94,72.

No cenário interno, olho na PEC dos combustíveis

O Senado pode votar hoje o pacote de projetos que propõe a redução dos preços dos combustíveis no país, com medidas que aumentam a concessão de subsídios por parte do Governo Federal. O debate deve ser acompanhado de perto pelo mercado, uma vez que coloca mais risco sobre a saúde fiscal do Brasil.

Além disso, o dia é marcado também pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

A curva de juros recua – o rendimento DI com vencimento em janeiro de 2023 cai quatro pontos-base, para 12,34%. Já o DI vincendo em 2025 vê sua taxa cair cinco pontos, para 11,28%. Na ponta longa, a taxa dos DIs para 2027 e 2029 caem, ambas quatro pontos, para 11,16% e 11,33%, na sequência.

O dólar futuro avança 0,09%, a R$ 5,178. O dólar comercial recua 0,35%, a R$ 5,161 na compra e a R$ 5,162 na venda.

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