Ibovespa Futuro abre em queda e dólar futuro sobe a R$ 3,22

Antes de manifestações e indicadores nos Estados Unidos, mercado opera com cautela e tendência baixista no pré-market

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta sexta-feira (13) às vésperas de duas grandes manifestações políticas. Nesta sexta, ato organizado por setores sindicais como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) defenderá a presidente Dilma Rousseff (PT) e denunciará o que setores da sociedade veem como um golpe contra o governo eleito e contra a Petrobras. Já no domingo, haverá a marcha pedindo pelo impeachment da presidente. Dados da inflação ao produtor nos Estados Unidos serão observados de perto pelos investidores a uma semana da próxima reunião do Fomc (Federal Open Market Comittee). 

Às 9h08 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa para abril tinha baixa de 0,61%, a 48.885 pontos. Enquanto isso, o dólar futuro também para abril, subia 1,11%, a R$ 3,222. 

Depois dos dados econômicos da economia norte-americana mostrarem tendência indefinida na quinta-feira (12), os preços ao produtor e o índice de confiança de Michigan atraem as expectativas do mercado. Ontem, as vendas do varejo tiveram uma retração inesperada de 0,6%, mas os pedidos de auxílio-desemprego caíram de 325 mil para 289 mil. 

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No noticiário corporativo, a Vale anunciou hoje a renúncia de Paulo Rogério Cafarelli ao cargo de membro do conselho de administração da mineradora. Para seu lugar, foi aprovada a nomeação de Gueitiro Matso Genso. Os ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora negociados no pré-market da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) subiam 0,83%, a US$ 6,06.

Já a Petrobras reafirmou que segue trabalhando para divulgar seu resultado auditado o mais breve possível, mas ainda não há data definida para a divulgação. Os ADRs da petroleira caíam 1,15%, a US$ 5,15.

Cenário externo 
As bolsas asiáticas tiveram um desempenho misto nesta sexta-feira, mas foram sustentadas pelos ganhos em Wall Street. Enquanto isso, na Europa, as bolsas europeias têm baixa, apesar do maior otimismo com a atuação do BCE (Banco Central Europeu).

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Em destaque, está a Grécia. Os problemas do país são problemas da zona do euro e a região de moeda única deveria enviar à Grécia uma mensagem de solidariedade já que o país está pronto para cumprir promessas de reformas em troca de mais empréstimos, afirmou o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

Na Ásia, o índice japonês Nikkei subiu 1,4 por cento, para nova máxima de 15 anos, cravando sua quinta semana consecutiva de ganhos. A forte alta foi causada em parte por um salto nas ações da fabricante de robôs industriais Fanuc, que tem um peso desproporcionalmente alto no Nikkei. Segundo uma notícia, a companhia está considerando elevar os dividendos.

Em Wall Street, as ações norte-americanas tiveram um rali na quinta-feira, mas o S&P 500 ainda está caminhando para registrar a terceira queda semanal seguida, impactado pela perspectiva de elevação dos juros nos Estados Unidos e pelo efeito do dólar forte sobre lucros corporativos.

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

(Com Reuters)